Daniel Bortoletto: ‘Natália era importante dentro de um processo de transição na Seleção’
Aos 32 anos, ponteira anunciou sua aposentadoria da Seleção Feminina de vôlei
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A ponteira Natália resolveu colocar um ponto final em sua trajetória na Seleção Brasileira. Aos 32 anos, teria, em tese, mais um ciclo olímpico pela frente. Mas corpo e mente pedem o fim precoce de uma relação iniciada ainda na adolescência, quando era um diamante bruto com enorme potencial de crescimento.
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O aviso para José Roberto Guimarães já foi feito. Certamente o técnico contava com a jogadora, capitã na última Olimpíada, para um ano atípico com Liga das Nações e Campeonato Mundial em 2022. E agora terá de renovar em 50% a posição em comparação com as convocadas para Tóquio, já que Fê Garay se aposentou depois da medalha de prata.
Até por isso a presença de Natália era importante dentro de um processo de transição na Seleção. Na base da experiência, ela teria ainda muito a acrescentar e ajudar na "passagem de bastão". No quesito performance, o auge dela parece já ter passado. Os problemas físicos (e alguns seríssimos) pesam e o desempenho não é mais o mesmo de outros tempos. A participação em Tóquio e a atual temporada pelo Scandicci são bons exemplos. Mas não tenho dúvida de que ela ainda seria útil para o Brasil. São duas medalhas olímpicas, duas mundiais, dez de Grand Prix e VNL, entre tantas outras. Não se joga fora pessoas com currículos assim. Mas toda história tem um início e um fim.
A "boa notícia" para a Seleção é ter Gabi pronta para carregar o peso da posição. A camisa 10 do Vakifbank se firmou como uma das melhores do mundo na posição, será capitã na próxima temporada e tem tudo para guiar o "novo Brasil".
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