De momentos memoráveis a vergonhosos, conheça as cinco edições históricas do GP da Áustria

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Desde 1964 no calendário, o GP da Áustria será palco de mais uma corrida neste final de semana, o seu 59º de sua história. O evento que já foi realizado em quatro circuitos diferentes, presenciou momentos históricos para a Fórmula 1, sejam eles positivos quanto bem vergonhosos para as equipes.

Apesar de ser uma das pistas mais tradicionais da categoria, muitos jovens que acompanham o esporte não conhecem os episódios marcantes desta corrida. O LANCE! apresenta a história por trás do circuito austríaco, conhecido carinhosamente como "O lar da Red Bull".

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A ÚLTIMA CORRIDA DE JOCHEN RINDT (1970)

Jochen era o piloto sensação da virada dos anos 60 para 70, encantava todos os austríacos e pessoas fora de seu território natal. A corrida da Áustria daquele ano era a mais ansiada por todos os fãs nacionais do piloto, já foi o primeiro em casa em um novo local feito especialmente para isso (foi construída uma pista de verdade - antes o local era um aeroporto usado para corridas em Zeltweg).

Todos queriam ver o então líder do campeonato levar a sua Lotus para a linha de chegada, no entanto um problema técnico impediu que isso acontecesse. O carro de Rindt teve um problema técnico que o fez abandonar a corrida e seu sonho de vencer em casa nunca aconteceu, pois o piloto morreu na corrida seguinte, em Monza. O austríaco é o único campeão póstumo da F1.

A BATIDA DE BRAMBILLA PÓS VITÓRIA (1975)

Entrando para a lista de "Domingos mais agitados da Fórmula 1", a corrida da Áustria de 1975 foi o perfeito sinônimo de caos e confusão. Primeiro, Mark Donohue teve o pneu dianteiro estourado e ao sair da pista, acabou provocando um acidente - infelizmente, após entrar em coma, viria a óbito no dia seguinte. Além disto, tivemos um dilúvio e quase cogitaram o cancelamento do evento, no entanto, como a categoria historicamente gosta de pôr seus pilotos em risco em prol do entretenimento, continuaram o GP.

No fim, Vittorio Brambilla estava liderando na busca de sua primeira vitória no esporte. Em momentos raros, a sorte e o azar podem bater na sua porta ao mesmo tempo e foi o que aconteceu com o italiano. Assim que recebeu a bandeirada e conquistar seu primeiro triunfo, ele ergueu os dois braços para comemorar, bateu imediatamente seu March no pitwall.

FESTA AUSTRÍACA LIDERADA POR NIKI LAUDA (1984)

Os amantes de automobilismo da Áustria viveram um drama por muitos anos, que era um piloto da casa nunca ter vencido em território nacional. A temporada de 1984 estava pegando fogo com o bicampeão Niki Lauda de volta a McLaren disputando com o jovem Alain Prost, que futuramente seria campeão mundial.

A briga da dupla nesta prova era contra a Brabham de Nelson Piquet. Logo de início, devido à problemas Prost abandonou a prova e chegando no fim, Lauda perdeu algumas marchas. O brasileiro achou que tinha chances, ao se aproximar do austríaco, mas o carioca pensou que o piloto da equipe britânica estava estava tramando e não atacou. Nikki ganhou o GP e no final do ano conquistou o tricampeonato por meio ponto de vantagem.

A LAMBANÇA CAUSADA POR UM ANIMAL NA PISTA (1987)

Esta foi a última prova no traçado original, que começou com um grande caos quando Stefan Johansson, piloto da Mclaren, acertou um cervo que atravessou a pista. No entanto, não parou por ai, Martin Brundle, da equipe alemã Zakspeed fez um strike em diversos outros carros e na relargada, Nigel Mansell e Gerhard Berger largaram de forma lenta e foram acertados pelo resto do grid.

Após de 10 carros serem perdidos em duas largadas, isso antes de completar dez voltas, Mansell venceu e a caminho do pódio em cima de uma van, acertou com uma ponte na testa, ganhando um galo na testa.

A ORIGEM DO FAMOSO BORDÃO "HOJE NÃO, HOJE NÃO, HOJE SIM" (2002)

No campeonato deste ano, Michael Schumacher vinha de quatro vitórias em cinco corridas, com 20 pontos de vantagem para Juan Pablo Montoya. Irvine já havia partido e Rubens Barrichello entrou em seu lugar, como segundo piloto e com a função de ajudar seu companheiro a qualquer custo.

Neste dia, o brasileiro fez uma boa atuação e que poderia superar o tetracampeão mundial na pista, abrindo uma ótima vantagem até a volta final. No entanto, com se ninguém fosse perceber, a Ferrari chamou o brasileiro no rádio e disse a frase que ficaria marcada na história na F1: "Deixe Michael passar pelo campeonato".

Barrichello deixou a poucos metros da bandeirada, deixando a manobra clara e provocando a ira nos fãs. O pódio, que deveria ser um momento de comemoração foi uma torta de climão, um envergonhado Schumacher deu o lugar para o brasileiro na posição mais alta. Essa vitória deixou um gosto amargo no penta do alemão.

Como diversos autódromos mundo a fora, todos deixam a sua marca na história da F1, seja ela amarga, divertida ou até trágica. A cada corrida que é realizada, assistimos acontecimentos que ficarão nos livros do automobilismo. O próximo GP da Áustria acontece neste final de semana, provavelmente poderá ser palco de mais um capítulo de momentos interessantes na categoria.

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