Pascal Arimont, deputado belga do Parlamento Europeu, pediu que a Comissão Europeia investigue o Liberty Media, grupo dono da Fórmula 1, por “potencial violação das leis de concorrência” dentro automobilismo, baseado em leis antitruste por suposto monopólio.
É algo parecido ao que acontece nos Estados Unidos, onde o Senado investiga o Liberty Media pelas mesmas razões. Os norte-americanos têm um foco maior no tratamento dado pela Fórmula 1 a Andretti. De acordo com o portal F1-Insider, uma das violações seria o conluio das equipes em não aprovar a entrada da equipe de, agora, Dan Towriss.
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Membro do Partido Social Cristão, grupo do Partido Popular Europeu, Arimont solicitou que uma investigação seja aberta para “proteger os consumidores e garantir uma concorrência justa no mercado”, visto que muitos dos negócios do Liberty Media estão no esporte a motor.
No documento enviado à Comissão Europeia, Arimont também incluiu a recusa da Fórmula 1 em receber a Andretti e Cadillac na categoria. O deputado alegou que “os acordos comerciais dificultam muito a entrada de novas equipes, talvez limitando a competição ilegalmente”.
O grupo proprietário da Fórmula 1 adquiriu em 2016 o Formula One Group, que detém os direitos da categoria até 2110, bem como a F2 e F3. O Liberty Media também comprou 86% da participação acionária da MotoGP neste ano.
Agora, Margarthe Vestager, comissária europeia para concorrência, tem seis semanas para aceitar o pedido do deputado belga para seguir — ou não — com a investigação contra o grupo detentor da Fórmula 1.
Esta seria a terceira vez que a Comissão Europeia coloca os olhos sob a Fórmula 1. Em 1997, o objetivo era combate a posição dominante de Bernie Ecclestone sob a categoria. Em 2006, a União Europeia obrigou ao CVC Capital a vender suas ações na MotoGP para finalizar a compra da F1.
A Fórmula 1 agora só volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.