Eleição no COB ampliará reinado de Nuzman para até 25 anos no poder
Sem concorrência, dirigente será oficializado nesta terça-feira para presidência da entidade
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A ampliação do reinado de Carlos Arthur Nuzman no Comitê Olímpico do Brasil (COB) será assegurada nesta terça-feira e pode resultar em um período de 25 anos do dirigente à frente da entidade. A eleição para a presidência acontece às 10h30, no Rio de Janeiro, e dará sinal verde para o cartola iniciar seu sexto mandato consecutivo.
O carioca, de 74 anos, não terá nenhum concorrente ao pleito. Seu principal opositor é Alaor Azevedo, presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), que pelo segundo ano consecutivo não conseguiu inscrever uma chapa a tempo.
O prazo foi encerrado em abril. Para entrar na briga, era necessário o suporte de ao menos 10 das 30 confederações olímpicas existentes. Alaor tinha apoio apenas da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno. Uma guerra de liminares ameaçou prolongar a data, mas o atual gestor do COB obteve vitória nos tribunais em agosto, quando o rival acabou impossibilitado de concorrer.
Nuzman, que também preside o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, iniciou sua trajetória no COB em 1995, após comandar a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) por duas décadas. Ele terá como vice Paulo Wanderley Teixeira, de 66 anos, mandatário da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Por causa de suas responsabilidades no fechamento das contas do Rio-2016 até o ano que vem, Nuzman terá de se dividir entre as duas entidades. Isto pode abrir espaço para uma atuação maior de Wanderley, que é apontado como seu sucessor. O atual comandante do COB também tem a intenção de presidir a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa).
O certo é que este será o último mandato do cartola em sua passagem pelo Comitê, uma vez que a atual legislação, em vigor desde 2013, não permite mais do que duas reeleições em entidades esportivas que recebem recursos públicos.
Nuzman é o segundo mandatário mais duradouro na história do COB, atrás apenas do major Sylvio de Magalhães Padilha, que administrou a entidade por 27 anos, entre 1963 e 1990.
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