Ex-número 1 do mundo, Marcelo Melo é destaque brasileiro no Rio Open 2023
Tenista de 39 anos descartou aposentadoria e quer se manter em alto nível para tentar vaga nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024
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A história de Marcelo Melo já está escrita como o único brasileiro, até aqui, a alcançar o topo do ranking mundial de duplas da ATP. Mas ele quer mais. Aos 39 anos, o mineiro vê no Rio Open, que começa neste fim de semana, a oportunidade de jogar mais uma vez no Brasil e receber o calor carnavalesco de um público que já esgotou os ingressos para todos os dias do torneio mais importante do calendário brasileiro.
Esse apoio e o prazer de jogar profissionalmente motiva o tenista a não pensar em aposentadoria. Em entrevista ao LANCE!, Melo conta que o Rio Open é uma importante etapa do sonho de disputar uma vaga nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
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- Eu ainda tenho um tempo pela frente. Adoro jogar tênis, jogo desde pequeno e acho que posso jogar um tempo em alto nível. Enquanto eu tiver em forma, com vontade de jogar, eu vou seguir. Tenho vontade de disputar os jogos de Paris 2024. Minha expectativa é estar bem no dia a dia pra jogar em alto nível, para quem sabe jogar mais uma Olímpiadas e ficar firme no circuito mundial - disse ele, que atualmente é o número 40 do mundo.
+ Rio Open: datas, horários e onde assistir ao torneio
O tenista, que chegou ao topo do mundo em 2015, permanecendo até o primeiro semestre de 2016, entende esse período como o auge de sua carreira. Ele ainda falou do desafio em estar no Rio Open e da oportunidade de estar com a torcida brasileira.
- O momento mais especial foi a conquista de Wimbledon e a vez que fui numero 1 do mundo. No Brasil, jogar o Rio Open é sempre especial. Fiz a final em um dos anos (2014). O Rio é uma cidade especial e a oportunidade de jogar em casa um torneio desse nível é bem legal - disse.
- É fundamental o apoio da torcida, não só para mim, mas para os brasileiros. Nós vemos aqui uma ou duas vezes no ano. Então temos que aproveitar o momento, esse ano é junto do Carnaval. Então vamos torcer para um brasileiro avançar até longe no Rio Open.
Para ir bem no torneio, Melo terá um grande desafio pela frente: se entrosar, em pouco tempo, com o colombiano Juan Cabal, campeão e seu algoz na final do Rio Open em 2014. Eles nunca jogaram juntos, mas Melo garante que se conhecem muito bem devido os longos anos de confrontos diretos.
- O Cabal é um jogador experiente, já foi campeão aqui. Espero poder juntar as duas forças para fazer um belo dia essa semana. Ele já tem o parceiro dele e eu também. Mas espero trabalhar essa experiência essa semana da melhor maneira possível - analisou.
A parceria inédita foi moldada pelas circunstâncias da vida. O parceiro de Cabal, Robert Farah, não pôde viajar para o Rio pois será pai. Já a dupla de Marcelo Melo, o norte-americano Mackenzie McDonald, se lesionou no Australian Open, o que culminou na eliminação da dupla, sem entrar em quadra, naquela ocasião. Melo garante que, apesar da parceria no Rio Open, ele e Cabal esperam voltar para suas duplas após o torneio.
- Ficamos fora do Australian Open por um caso atípico, o Mackenzie está machucado. Nós vamos tentar jogar juntos nos próximos torneios. Mas vamos avaliar passo a passo. Temos agora o Rio Open e depois temos o Roland Garros, mas espero continuar jogando com o Mackenzie.
- As expectativas para o Rio Open são boas, venho treinando e jogando bem, acredito que não podemos falar que somos favoritos pois vai ser a primeira vez que vamos jogar juntos. Tem outras duplas muito fortes jogando a mais tempo. Podemos fazer um belo time mas não sabemos como vai ser. Fizemos o primeiro treino, ele chegou recentemente da Colômbia, e já jogamos contra muitas vezes, como adversários - destacou.
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Para concluir, Marcelo Melo falou da oportunidade de servir de exemplo para as novas gerações. O Rio Open será responsável por marcar o fim da carreira de Thomaz Bellucci, mas também ser o início da trajetória profissional de João Fonseca, de 16 anos, que foi campeão da Copa Davis Júnior, título inédito na história do tênis brasileiro.
- É sempre importante a renovação, eu sempre falei que temos que tentar representar da melhor maneiro pq somos um espelho para essa geração. Espero que continue no mesmo caminho para fazer o mesmo ou até mais do que os brasileiros que vieram antes.
- Nós temos uma relação próxima com os brasileiros, com os mais novos é mais difícil por não compartilhar os mesmos torneios, mas temos aproximação de outros brasileiros como Rafael Matos, a Bia (Haddad), o (Marcelo) Demoliner, o (Thiago) Monteiro - concluiu.
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