FBI investiga compra de votos na escolha do Rio como sede olímpica

Os responsáveis pela investigação também atuaram no sistema de doping envolvendo atletas da Rússia

imagem cameraFBI investiga possível compra de votos para a eleição do Rio como sede dos Jogos de 2016 AFP
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 13/12/2017
14:26
Atualizado em 13/12/2017
14:58
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De acordo com o jornal americano "The Wall Street Journal", as denúncias de corrupção no processo de escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica chegou ao FBI (Polícia Federal Americana). De acordo com a publicação, as investigações são realizadas juntamente com promotores da Procuradoria Federal de Justiça dos EUA no Brooklyn.

As investigações que estão sendo realizadas nos Estados Unidos se unirão a trabalhos semelhantes realizadas por autoridades da Justiça do Brasil e da França, a respeito de possíveis irregularidades na organização não apenas dos Jogos do Rio, mas também em outros eventos esportivos internacionais. O grande júri reunido no Brooklyn já vinha buscando testemunhas e documentos ligados à corrupção na escolha da sede olímpica. 

O processo é realizado pelas mesma equipe do FBI e mesmo grupo de promotores que, em 2015, descobriram o esquema de corrupção em proporções mundiais no futebol e a existência de um sistema de doping patrocinado pelo próprio governo da Rússia. 

A Justiça americana solicita, a mais de um ano, a abertura de uma investigação conjunta com Brasil e França a respeito da escolha da cidade carioca. Até o momento, a investigação levou a indiciamentos, como a prisão do ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. Promotores da Justiça brasileira consideram a existência de um esquema de compra de votos de membros do COI para que o Rio de Janeiro vencesse a eleição para sede dos Jogos de 2016. 

Em agosto, a Justiça americana enviou uma intimação ao empresário brasileiro Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur, para que ele prestasse esclarecimentos e entregasse ao FBI documentos relativos à eleição promivida pelo COI em 2009. Os americanos buscavam detalhes de transações financeiras, além de mensagens trocadas com ex-dirigentes do COI e contratos de prestação de serviços para a Rio-2016 assinados por Rei Arthur 

De acordo com Mark Adams, porta-voz do COI, a entidade não foi contactada por autoridades americanas sobre o caso. O contando é realizado apenas com autoridades brasileira e francesa.

- É algo hipotético, mas se a Justiça concluir que alguns indivíduos agiram de maneira desonesta em relação à eleição para 2016, então, o COI, obviamente, vai assumir sua responsabilidade.

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