De acordo com o jornal americano "The Wall Street Journal", as denúncias de corrupção no processo de escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica chegou ao FBI (Polícia Federal Americana). De acordo com a publicação, as investigações são realizadas juntamente com promotores da Procuradoria Federal de Justiça dos EUA no Brooklyn.
As investigações que estão sendo realizadas nos Estados Unidos se unirão a trabalhos semelhantes realizadas por autoridades da Justiça do Brasil e da França, a respeito de possíveis irregularidades na organização não apenas dos Jogos do Rio, mas também em outros eventos esportivos internacionais. O grande júri reunido no Brooklyn já vinha buscando testemunhas e documentos ligados à corrupção na escolha da sede olímpica.
O processo é realizado pelas mesma equipe do FBI e mesmo grupo de promotores que, em 2015, descobriram o esquema de corrupção em proporções mundiais no futebol e a existência de um sistema de doping patrocinado pelo próprio governo da Rússia.
A Justiça americana solicita, a mais de um ano, a abertura de uma investigação conjunta com Brasil e França a respeito da escolha da cidade carioca. Até o momento, a investigação levou a indiciamentos, como a prisão do ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. Promotores da Justiça brasileira consideram a existência de um esquema de compra de votos de membros do COI para que o Rio de Janeiro vencesse a eleição para sede dos Jogos de 2016.
Em agosto, a Justiça americana enviou uma intimação ao empresário brasileiro Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur, para que ele prestasse esclarecimentos e entregasse ao FBI documentos relativos à eleição promivida pelo COI em 2009. Os americanos buscavam detalhes de transações financeiras, além de mensagens trocadas com ex-dirigentes do COI e contratos de prestação de serviços para a Rio-2016 assinados por Rei Arthur
De acordo com Mark Adams, porta-voz do COI, a entidade não foi contactada por autoridades americanas sobre o caso. O contando é realizado apenas com autoridades brasileira e francesa.
- É algo hipotético, mas se a Justiça concluir que alguns indivíduos agiram de maneira desonesta em relação à eleição para 2016, então, o COI, obviamente, vai assumir sua responsabilidade.