Felício projeta Mundial de Basquete e fala sobre os brasileiros na NBA
Pivô do Chicago Bulls e da Seleção, o mineiro esteve no Barra Shopping, no Rio para uma sessão de autógrafos. Felício também falou sobre as chances dos brasileiros no Draft
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Com boa passagem por Flamengo e hoje atuando no Chicago Bulls, na NBA, o pivô Cristiano Felício esteve no Barra Shopping, no Rio de Janeiro para um encontro com fãs. Sempre sorridente e muito simpático, o brasileiro concedeu autógrafos e posou para fotos na última quarta-feira na 'NBA Store'. Antes do início da sessão de fotos, Felício conversou com a imprensa e respondeu algumas perguntas sobre NBA, Seleção, e brasileiros na liga norte-americana.
Mundial de Basquete de 2019 na China
No próximo mês de agosto, se dá início ao Mundial de Basquete, que será disputado em oito cidades diferentes da China. Dono de uma das sete vagas para os países das Américas, o Brasil chega ao torneio num processo de reformulação, com a ascensão de alguns jovens atletas como Didi, ala do Franca, e Yago, armador do Paulistano. Felício projetou o campeonato e revelou uma conversa com o técnico Aleksandar Petrovic.
- Petrovic foi até os Estados Unidos, conversou comigo, com o Raul (Raulzinho) e com o Bruno (Caboclo). Foi um papo muito bacana. É um cara que está tentando mudar o basquete brasileiro, com uma metodologia de trabalho incrível. Temos bons jogadores, estamos animados para esse Mundial na China e confiantes que possamos passar da fase de grupos, conquistando um bom resultado - comentou o brasileiro.
Temporadas na NBA
Cristiano Felício começou a carreira no Jacaréi, clube na cidade de São Paulo e depois de se destacar, foi contratado Minas Tênis Clube, onde levou o estadual de 2009. Em 2013, o gigante de 2,08m foi contratado pelo Flamengo, onde brilhou conquistando uma Liga das Américas, um Mundial de Clubes e duas edições do NBB. Em grande fase, o jogador participou do NBA Summer League com o Chicago Bulls em 2015 e assinou com a franquia em julho daquele ano.
Na primeira temporada, em período de adaptação, Felício teve números baixos e chegou a jogar na D-League, Liga de Desenvolvimento da NBA. Um ano depois, o brasileiro conseguiu mais tempo de quadra e aumentou seus números. No entanto foi na temporada 2017/2018 que o jogador teve seu melhor rendimento, com média de 17 minutos em quadra e 5,6 pontos por jogo. O pivô de 26 anos comentou sobre seu momento na franquia.
- Acredito que pra um jogador crescer ele precisa estar dentro de quadra, o que não aconteceu muito comigo na temporada. Existem muitos jogadores na minha posição na equipe agora e acabei tendo poucos minutos, mas eu vou trabalhar bastante nesta pré-temporada para estar entre os cinco titulares. Estando dentro de quadra tudo fica mais fácil e os números melhoram. - disse o atleta, que também falou sobre o número de brasileiros NBA, que hoje é de cinco; quatro a menos do que na temporada 2015/2016.
- É difícil explicar essa queda. Isso se dá muito pelo que uma franquia precisa, no que eles estão buscando. Às vezes as equipes dão prioridade aos atletas que saem das universidades americanas e isso também contribui para esse número baixo. Todos os brasileiros que passaram pela NBA fizeram um bom trabalho e quem está lá agora segue tendo um bom desempenho. Estar ou não na NBA não define o atleta. O importante é se destacar independente de onde você esteja - emendou o pivô.
Chance dos brasucas no próximo Draft da NBA
Centenas de jovens se inscrevem todos os anos para participar do Draft da NBA, sonhando com uma vaga em alguma das franquias da liga. Na edição deste ano, que ocorre em junho, seis brasileiros estão na disputa por uma vaga: Didi (Ala do Franca/SP), Yago (Armador do Paulistano/SP), Dikembe Silva (Pivô do Paulistano/SP), Felipe dos Anjos (Pivô do Melilla/ESP), Michael Uchendu (Pivô do Layma La Coruña) e Tulio de Silva (Ala do Missouri State/EUA). Cristiano falou sobre as chances dos brasucas de serem escolhidos.
- Acompanho mais o Túlio, que já atua nos Estados Unidos. Também vi o Yago, que jogo o Nike Hoop Summit no ano passado. Assisti alguns lances do Didi por vídeos e também achei muito bom jogador. Acredito que todos tem chances e talento para serem escolhidos. Agora é ir para os Estados Unidos, realizar os treinamentos e mostrar para os treinadores que podem contar com eles. Estou na torcida por todos eles - comentou Felício, que aproveitou para palpitar sobre as finais da NBA, que ocorrem neste mês.
- Todo mundo vê o Golden State como o time a ser batido, e não é por menos. Mas, a minha torcida está para o Houston, especialmente para o Nenê. Ele é um cara que merece muito, espero que ele possa, finalmente, conquistar o anel de campeão da NBA. No Leste, eu acho que o Milwaukee está jogando muito bem e tem tudo para ir às finais do torneio. Meu palpite é Rockets e Bucks na decisão - encerrou o brasileiro do Chicago Bulls.
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