O presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mohammed Ben Sulayem, disse que o calendário atual da Fórmula 1, com 24 corridas entre março e dezembro, é “um pouco demais”, mas isentou a entidade da responsabilidade de tomar decisões sobre a programação da categoria.
O calendário anual é formatado pela Fórmula — que tem o Liberty Media como detentor dos direitos de comerciais, por meio da FOM (Formula One Management) — tem sido alvo de críticas há algumas temporadas. Pilotos — como Max Verstappen e Lando Norris — e equipes indicam ter muitos eventos, acompanhando de diversas viagens, sendo muitas delas intercontinentais, já que a maior parte dos funcionários dos times da categoria moram na Europa.
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— Acho que é um pouco demais. Eu disse isso e fui atacado por muitas pessoas da imprensa. 20 GPs são suficientes, mas não é responsabilidade da FIA — afirmou, em entrevista ao jornal francês Le Figaro.
Vale destacar que praticamente todos os competidores fazem o deslocamento por meio de jatos privados, enquanto a maior parte dos funcionários utilizam voos comerciais, o que pode representar diversas escalas e conexões até o destino final.
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Além da questão logística, Ben Sulayem defendeu que a categoria não se esqueça de suas raízes na formatação do calendário da temporada.
— É positivo quando a Fórmula 1 abre novos mercados e se abre a novos países, mas não podemos esquecer onde a história começou — concluiu.
A Fórmula 1 se aproxima do retorno das férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.