Um momento inusitado marcou a participação do surfista brasileiro Filipe Toledo na etapa de Abu Dhabi da WSL. Pelas oitavas de final da competição, que terminou com a eliminação para o japonês Kanoa Igarashi, o atleta sofreu um acidente um fotógrafo na água e ficou enfurecido com a situação.
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Na reta final da bateria, Toledo tentou uma manobra arriscada, um aéreo, mas se chocou na descida com o fotógrafo Tiago Diniz, também brasileiro, e não conseguiu finalizar o movimento na água. Era sua segunda tentativa e o surfista não conseguiu surfar novamente.
A reação do brasileiro chamou a atenção. Imagens flagraram Toledo muito irritado e dando tapas em sua prancha. A peça chegou a ter duas das quatro quilhas arrancadas por conta do acidente com o fotógrafo na água.
- Eu não quero surfar de novo. Não quero. Fod*-se essa mer**. Não foi a primeira vez que reclamamos. Vinha acontecendo nas sessões de treino o tempo todo - disparou o atleta enquanto saía da água.
O acidente atrapalhou a única chance que Filipe Toledo tinha de virar a disputa com Kanoa Igarashi. Ele ficou com uma nota de 6,83 na segunda tentativa e 5,77 na primeira, somando 12,60 pontos no total. O diretor técnico e comissário da WSL, Renato Hickel, lamentou o ocorrido envolvendo o fotógrafo e explicou a nota do surfista brasileiro na bateria.
- A última coisa que queremos em um evento, principalmente em um ambiente controlado, é um fotógrafo da WSL, um dos nossos funcionários, infelizmente ele se posicionou muito mal nessa situação e acabou prejudicando o Filipe no final da onda. A gente analisou a situação com o painel de juízes para ver a nota que ele poderia tirar. Aumentaria entre 0,3 e 0,5 pontos se completasse a onda, o que não mudaria o resultado da bateria. Já conversei com o Filipe e com a equipe dele. Nós movemos os fotógrafos algumas vezes nos dois primeiros dias de competição. No final das contas, é um elemento humano. Foi um erro dele. Temos de decidir com o que temos nas regras - declarou.
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Etapa da WSL em piscinas artificiais
A prova da WSL no Oriente Médio é realizada na maior piscina de ondas artificiais do mundo. Além disso, a água usada é salgada. As ondas formadas na piscina podem chegar a 2 metros de altura e têm duração de um minuto.
Essa é a primeira vez que uma etapa de surfe acontece no Oriente Médio. A tecnologia utilizada na piscina artificial foi criada por um dos grandes nomes do esporte no mundo, o norte-americano Kelly Slater. Não à toa, técnica aplicada é chamada de Kelly Slater Waves (Ondas Kelly Slater, em português).
O espaço tem comprimento de 690 metros e tem ondas artificiais que podem chegar a dois metros de altura. No total, são usados 80 milhões de litros na piscina. Há uma espécie de lâmina, que pesa 100 toneladas, que é responsável por movimentar a água no espaço, puxada por um longo cabo que atinge 30 km/h.