Fórmula 1 diz que teto de gastos é fundamental para futuro: ‘Equipes lutavam para sobreviver’
Diretor-técnico da Fórmula 1 declarou que limite orçamentário é um dos responsáveis pelo sucesso da categoria
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Pat Symmonds, diretor-técnico da Fórmula 1, destacou a importância do teto de gastos na categoria. O dirigente foi além: disse que a medida foi essencial para o progresso do campeonato, melhora das corridas e sobrevivência de boa parte das equipes do grid, ainda que muitos dirigentes já tenham feito reclamações públicas sobre a medida implementada.
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Para defender a medida, Symmonds utilizou como exemplo a Williams, time pelo qual foi diretor entre 2013 e 2016. O dirigente relembrou o período que atuou em Grove, um momento crítico na história da formação fundada por Frank Williams.
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Com as finanças em desordem, a opção encontrada pela equipe foi a venda. Em 2020, o grupo de investimento privado Dorilton Capital, sediado nos Estados Unidos, efetivou a compra da Williams — um ano antes da implementação do limite financeiro.
- Falamos a respeito de como o regulamento de 2022 melhorou muitos as corridas, mas não demos crédito merecido ao teto de gastos. O limite orçamentário é fundamental para o futuro da Fórmula 1 - disse Symonds ao podcast Beyond the Grid.
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- A Williams foi minha última equipe e vivíamos tempos apertados. Pouco depois de sair de lá, tiveram de vender para continuar existindo — e não estavam sozinhos. As equipes lutavam para sobreviver - completou.
Apesar de o time ainda ter certa limitação de recursos, que ficou evidente após somente um dos carros largar no GP da Austrália da temporada 2024, Symmonds apontou que a realidade é outra para os competidores na Fórmula 1.
- Ao longo dos anos, transformamos [o faturamento] dessas equipes em US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,5 bilhões) e isso é impressionante. Entretanto, só foi possível graças ao teto de gastos - explanou.
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A partir de 2026, a Fórmula 1 terá um novo regulamento técnico, com destaque para os motores, abastecidos por combustíveis sustentáveis, que terão mais potência proveniente dos componentes elétricos. Além disso, já são seis montadoras confirmadas no certame: Ferrari, Mercedes, Alpine, Ford (em parceria com a Red Bull), Audi e Honda.
Symmonds rechaçou que o aumento da concorrência e a complexidade da unidade de potência não comprometerão o limite orçamentário. O dirigente, inclusive, reforça que os custos para desenvolvimento dos novos propulsores estão adequados à realidade proposta pela Fórmula 1.
- É uma tecnologia a um custo razoável. Para os fabricantes, eles estão interessados no desenvolvimento [dos motores] sem preços exorbitantes”, revelou. “Sem colocar centenas de milhões de dólares nisso, podemos explorar outras áreas que nos interessa - finalizou.
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