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‘Gabriel Jesus do basquete’ e ícone do NBB fazem duelo de gerações na final

Yago, de apenas 18 anos, e Alex Garcia, aos 37, vivem fases diferentes na carreira e na vida, mas tentam ajudar Paulistano e Bauru a conquistar a taça inédita. Equipes fazem o Jogo 2<br>

Yago se tornou o mais jovem atleta a pontuar nas Finais do NBB CAIXA
imagem cameraJoão Pires/LNB
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 02/06/2017
02:32
Atualizado em 02/06/2017
08:00

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Dezenove anos separam os nascimentos de Yago Mateus dos Santos, armador do Paulistano, e Alex Ribeiro Garcia, ala do Bauru. As fases na carreira são distintas. Na vida, então, nem se fala. Nesta sexta-feira, em meio a este confronto de gerações, o caçula da decisão tenta aprontar outra contra o veterano para tentar levar a equipe da capital paulista à vitória no segundo jogo da final do NBB. Os times se enfrentam às 19h30, no Panela de Pressão, em Bauru (SP).

Aos 18 anos, o novato disputa sua primeira final do campeonato e chega ao confronto cercado por entrevistas. Tudo é novidade. Seu nome está na ponta da língua dos fãs da bola laranja. No jogo que abriu a série, em São Paulo, ele roubou a cena, não só pelos 14 pontos anotados, mas por ter se tornado o mais jovem atleta a marcar na decisão do torneio.

– Tudo foi acontecendo bem rápido. Agora, vivo o momento e tento aproveitar ao máximo a oportunidade. Sempre busquei jogar uma final de NBB, mesmo tão novo. Estou conseguindo. Sou um jogador que ainda tem muito a crescer. Não pela idade, mas pelo que apresento, como defesa e arremesso – disse Yago, em entrevista ao LANCE!.

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Com 1,75m, altura considerada baixa para os padrões internacionais, o paulista de Tupã tenta se superar. Sua inspiração é o baixinho Isaiah Thomas, armador do Boston Celtic, apontado como um dos melhores da NBA nesta temporada até sofrer uma lesão no quadril.

Mas foi graças a outro personagem do esporte que ele entrou na boca do povo. Revelado pelo Palmeiras, viu de perto a ascensão do atacante Gabriel Jesus, que hoje defende o Manchester City, da Inglaterra. A fanática torcida alviverde chegou a fazer comparações.

– Quando estava no Palmeiras, falavam que eu era o Gabriel Jesus do basquete. Acho que temos algo em comum. Ele, muito novo também, já está na Inglaterra. Sinto que agora estou tendo a responsabilidade de ser protagonista – contou Yago, que chegou ao Paulistano com o torneio já em andamento.

"Quando estava no Palmeiras, falavam que eu era o Gabriel Jesus do basquete. Acho que temos algo em comum. Ele, muito novo também, já está na Inglaterra. Sinto que agora estou tendo a responsabilidade de ser protagonista" - Yago

Com médias de 9,5 pontos e 1,6 assistência em 13,2 minutos, o novato tenta se sobressair novamente hoje em um elenco sem astros, mas com disposição.

Aos 37 anos, quatro vezes campeão brasileiro (2007, 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012) quatro vezes eleito o melhor ala do NBB (2008/2009, 09/10, 10/11 e 11/12) e com a experiência de ter disputado a NBA e os Jogos Olímpicos, Alex Garcia é tudo que Yago almeja ser no futuro. O veterano, destaque do time comandado por Demétrius Ferracciú, se acostumou a decidir.

Quando o caçula do Paulistano nasceu, o ala já dava os primeiros passos nas Seleções Brasileiras de base. Chegou a acenar com a aposentadoria do time verde e amarelo em 2014, mas voltou atrás de olho na Rio-2016. Após glórias e frustrações, o paulista de Orlândia se mantém firme na ativa, em busca da virada na série melhor de cinco e de um título inédito para Bauru, após bater na trave nas duas últimas temporadas contra o Flamengo.

O que faz um quase quarentão e multicampeão do basquete ainda ter energia para disputar como um garoto e competir contra jovens? Para Alex, a vontade de vencer:

– Gosto de ganhar. Quando eu perder esse sentimento, aí sim estará na hora de me aposentar do basquete – comentou Alex Garcia.

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Basquete - Alex Ribeiro Garcia
Alex Garcia defendeu a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016 (Foto:ANDREJ ISAKOVIC/AFP/Lancepress!)

E mesmo depois de aposentado, ele garante que não abandonará o esporte. Sua ideia é levá-lo para as novas gerações de alguma forma.

– Quero continuar agora e gosto muito do que faço, mas depois gostaria de trabalhar com crianças e nas categorias de base. Quero ensinar tudo o que aprendi – contou o jogador, que tem mais um bom motivo para não parar nesta nem na próxima temporada: ser o maior detentor de títulos da principal competição nacional de basquete.

"Ter essa marca de sete finais em nove edições é muito bom, mostra que continuo competitivo e minha vontade de vencer é muito grande, além de sempre estar em equipes competitivas. Fico feliz por isso. Não penso em passar o Marcelo, quero só ser campeão. Se eu passá-lo, beleza" - Alex

Até hoje, já foram sete decisões, incluindo a atual. Atrás dele vem o ala-pivô Jefferson, seu companheiro de equipe, e o ala-armador Marcelinho Machado, do Flamengo, com seis. Apesar disso, o atleta continua atrás do rival rubro-negro no quesito títulos: cinco contra três.

– A rivalidade com o Marcelinho sempre teve no NBB e gosto muito disso porque o Marcelo é um vencedor como eu. Ter essa marca de sete finais em nove edições é muito bom, mostra que continuo competitivo e minha vontade de vencer é muito grande, além de sempre estar em equipes competitivas. Fico feliz por isso. Não penso em passar o Marcelo, quero só ser campeão. Se eu passá-lo, beleza – afirmou o jogador.

BATE-BOLA
Yago
Armador do Paulistano

‘Não há favorito na final do NBB’

Como imagina sua vida quando tiver a idade do Alex, aos 37 anos?
Eu me imagino com meus sonhos todos realizados, como jogar lá fora e conquistar tudo o que eu almejo. E continuar jogando com a idade dele.

O Brasil ficou manchado pela suspensão da Fiba à CBB?
É algo grande. Ninguém gostaria de passar por isto, mas aconteceu. Há problemas, mas sei que a CBB está tentando se reconstruir. Atrapalha, porque esse ano disputaríamos o Mundial Sub-19, para o qual nos classificamos no ano passado e não poderemos jogar. Mas paciência.

Como chega para o Jogo 2?
Não há favorito. É claro que eles têm jogadores que já fizeram muito, e no Paulistano tem muitos que ainda irão fazer. Experiência ajuda, mas não só.

O Paulistano teve um primeiro turno complicado, mas cresceu. O que acha que mudou?
Eu sabia da qualidade ofensiva do Paulistano, mas meu time não se encaixou no começo. Tivemos seis derrotas seguidas, mas começamos a nos encaixar e não teve mais volta, pela qualidade ofensiva e defensiva dos jogadores, apesar de ter atletas novos. Quem entra, quer mostrar seu jogo. Isso diferencia bastante.

Quem são suas inspirações no basquete? Tem alguma em outros esportes?
Eu vejo bastante o John Wall (Washington Wizards) e o Isaiah Thomas (Boston Celtics). Pela agilidade que eles mostram com a bola, por serem diferentes da maioria em suas funções. Gosto bastante deles. Fora do basquete, me inspiro no Neymar, pela forma de jogar, pela ousadia. Não importa se é jogo de início de temporada ou final, está do mesmo jeito.

BATE-BOLA
ALEX GARCIA
ALA DO BAURU

‘Quero ver o basquete organizado’

O Brasil ficou manchado pela suspensão da Fiba?
Não falo com ninguém sobre a Seleção. Se teve essa punição, é porque tinham coisas erradas acontecendo. Por isso, sou a favor dessa punição para a melhoria do nosso basquete. Doa a quem doer, quero ver nosso basquete organizado.

Seu tempo de Seleção acabou?
A princípio, sim , mas se precisarem de mim e eu achar que vai ser bom, posso retornar.

O Yago surpreendeu no jogo 1?
Deixamos eles jogarem muito confortavelmente no Jogo 1 e, na hora que pressionamos, as coisas mudaram. É assim que temos que jogar nesta próxima partida. Tem muitos jogadores promissores aparecendo.

Diria que a temporada atual tem sido uma das mais desafiadoras da sua carreira? O Bauru não teve um bom início de campeonato, você se contundiu... o que acha que foi decisivo para a recuperação?
A temporada foi turbulenta demais para nossa equipe, com saída de um jogador importante (Rafael Hettsheimeir, para o Funlabrada, da Espanha) e lesões, mas o time se fechou e foi em busca do que precisava para se erguer no campeonato. Com trabalho duro na academia, mérito do Bruno, preparador físico, e do Rogerinho, fisioterapeuta, e na parte tática com a comissão técnica, o entendimento melhorou e as coisas começaram a funcionar.

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