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Giba ressalta importância de não depender de apenas um patrocinador

Campeão olímpico visita o L! Sports Bar e fala sobre a 'mentalidade europeia' adotada na busca de patrocinadores para o Madero CWB, clube no qual é padrinho e coordenador

Giba é padrinho e Coordenador de Esportes do Madero CWB
imagem cameraReprodução/LanceTV
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 01/08/2017
18:03
Atualizado em 02/08/2017
10:03

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De volta a Curitiba após 25 anos, o antigo camisa sete da Seleção Brasileira, Giba, tenta aproveitar a faísca deixada pela Fase Final da Liga Mundial para reacender a paixão do Curitibano pelo vôlei. Ao lado da ex-tenista Gisele Miró - idealizadora do projeto - o ex-jogador de vôlei é o padrinho e Coordenador de Esportes do Madero CWB.

Originado do antigo Curitibano/BRH Sulflex - segundo colocado na última Superliga B feminina - o time foi rebatizado, mas manteve a mesma base de atletas, incluindo as campeãs olímpicas Valeskinha e Fernandinha. O comandante é o antigo parceiro de vôlei de praia de Emanuel, Clésio Prado. Além disso, a assistente técnica será Tatiana Ribas que trabalhou durante muito tempo com Bernardinho. O comandante trabalhou na capital paranaense antes da mudança do Rexona para o Rio de Janeiro, em 2003.

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Giba visitou o L! Sports Bar, no Holliday Inn Anhembi, e contou como surgiu o projeto, seus objetivos para a temporada e quais as estratégias utilizadas para atrair patrocínios em um momento de crise financeira no país, algo que ele denomina "mentalidade europeia".

O Madero CWB disputa, nesta quarta e quinta-feiras, a Taça Ouro em busca de uma vaga na Superliga 2017/2018. Os duelos contra Renata Valinhos Country (20h) e Sesi (18h) serão disputados no Sesi Santo André. Apenas o campeão do torneio garante a vaga na elite do vôlei feminino.


LANCE!:
Como surgiu o projeto do Madero CWB?

Giba: O projeto já é existente do antigo Curitibano. A Gisele Miró, que é a idealizadora do projeto chamou o Clésio, que é um parceiro meu e nessa minha mudança para Curitiba ele me convidou para fazer parte e eu aceitei o desafio. O elenco já estava de volta, com as atletas treinando há aproximadamente duas semanas. Por ser da cidade eu fui procurar os parceiros e a primeira pessoa que eu procurei foi o Junior Durski, dono do restaurante Madero e ele, de prontidão, aceitou a missão de revitalizar a paixão do curitibano pelo voleibol.

L!: Como é para Curitiba poder contar novamente com um time de vôlei ainda mais depois de receber a Liga Mundial?

G: A cidade gosta de vôlei desde a época que tinha o time de Curitiba no final dos anos noventa e comecinho dos 2000, que acabou migrando para o Rio de Janeiro. A gente sabe que o vôlei está no coração dos curitibanos É isso que a gente tentou revitalizar dentro dos torcedores aproveitando a Fase Final da Liga Mundial, pois as pessoas já estavam com todo aquele frenesi e a cidade realmente abraçou.

L!: Como iniciou a busca por patrocínios para este projeto?

G: Eu, como Coordenador Esportivo, tentei implantar uma mentalidade européia. Não é ter um patrocinador só que coloca todo o dinheiro e, em dois anos, sai. A gente está tentando, e está dando certo, montar um 'pool' de empresas para que possa manter este time e fomente a cidade. Os empresários entenderam a ideia e a expectativa é manter o projeto por muitos anos.

L!: Como convencer os empresário a investir considerando o momento econômico do país?

G: O convencimento foi feito através da divisão de responsabilidades. Não é pegar o Madeiro falar para ele colocar 'X' milhões para fazer um time inteiro. Cada um coloca um pouquinho e, com essa parceria, a gente conseguiu concretizar esta ideia. O principal é que o Junior Durski (presidente do Madero) tem uma cabeça muito para frente no modo empresarial. Ele falou que ajuda muitas entidades filantrópicas e está entrando no esporte porque acredita em fazer o bem através dele. Foi uma fala que me ajudou bastante depois a convencer os outros.

L!: Como está o time que fará sua estreia na Taça Ouro?

G: O elenco está muito bom e empolgado. Eu que vi lá atrás e e ver como elas estão agora, com a motivação para classificar agora para a Superliga. O elenco está forte. Tem a Fernandinha e a Valeskinha que são campeãs olímpicas e estão liderando o grupo. As outras estão indo atrás. A gente tem outras jogadoras experientes também, como a Dani que é líbero, que atuou em grandes clubes brasileiros. A gente tem também a Ma Portuga que estava em Portugal, além de jogadoras que são prata da casa (vindas das categorias de base), o que é muito muito importante.

L!: Quais as metas da equipe considerando que a presença na Superliga ainda é uma incógnita?

G: A gente mantém o positivismo, que é a classificação. Caso não aconteça, a gente vai dar uma folga para essas meninas durante 15 a 20 dias e, no retorno, elas iniciam a preparação para a Superliga B e a busca por uma vaga na Superliga 2018/19. Independente do agora, o projeto não pode, e acho que não vai, morrer. As pessoas estão bem empolgadas e a cidade abraçou. O meu objetivo primário eu concluí, que foi fazer a cidade abraçar o projeto. O secundário é fazer com que a gente ganhe esta classificação para buscar outros parceiros e, quem sabe, algumas jogadoras de fora.

L!: Caso o time se classifique para esta edição da Superliga, ele brigaria pelo título?

G: Brigar pelo título não é a ideia nos dois ou três primeiros anos. A gente pensa em montar uma estrutura bacana. Não adianta você colocar muito investimento se você não tiver o conhecimento. Eu como coordenador dei a ideia para a Gisele, que é a diretora, de que estes dois primeiros anos seja colocado um investimento não muito alto para que a gente entenda com está este segmento, comece a aprender um pouco do mercado para fazer um time ideal e, aí sim, começar a brigar pelo título.

L!: Está nos planos levar jogos para a Arena da Baixada?

G: Não. A ideia é fazer uma parceria com o Governo do Estado, junto com o secretário de esporte e turismo de Curitiba, Douglas Fabrício, para voltar a jogar no Tarumã que é onde o time antigo jogava. O ginásio foi todo reformado e é nele que nós pretendemos atuar.

L!: A Arena da Baixada foi alvo de críticas durante a Fase Final da Liga Mundial. Acredita que o local tem condições de receber jogos de vôlei?

G: Crítica sempre vai existir, não dá para agradar gregos e troianos. Acho que a Arena da Baixada tem plena condição, a gente só precisa escolher um pouco mais qual vai ser o evento, que época do ano será feito. Tudo isso conta bastante. Acho que foi uma festa muito bonita que a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) em parceria com o Atlético e com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) fez um evento não só dentro da Arena, mas envolvendo toda a cidade.

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