IAAF admite atraso para divulgar doping de medalhistas olímpicos
Em um comunicado enviado pela maior entidade do atletismo no mundo à Agência Mundial Anti-doping, a organização afirma que seu ex-diretor suprimiu resultados positivos
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A cada semana uma nova notícia abala o mundo do atletismo. Nesta segunda-feira, a agência de notícias Associated Press divulgou uma reportagem que indica que a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) escondeu testes positivos de doping para que atletas pudessem competir na Olimpíada de Londres (ING), em 2012.
Em um comunicado enviado pela IAAF à Agência Mundial Anti-Doping (Wada, em inglês), a entidade confirma que houve um "atraso suspeito" no envio de relatórios de casos positivos de doping de quatro atletas russos pelo ex-diretor Gabriel Dolle, suspenso por cinco anos do esporte.
Dolle, que recebia propina da Rússia para acobertar testes positivos para substâncias dopantes, não enviou os relatórios necessários para que os procedimentos disciplinares contra os atletas fossem tomados à tempo.
Os atletas russos são: Olga Kaniskina, dona da medalha de bronze na marcha de 20km em Londres, Liliya Shobukhova, que abandonou a maratona na Inglaterra, Vladimir Kanaykin, desclassificado na marcha de 20km por um erro técnico, e Valery Borchin, que não completou na mesma prova.
A IAAF, no entanto, negou que o mesmo tivesse acontecido com outros quatro atletas, incluindo dois campeões olímpicos em Londres: Sergei Kirdyapkin (ouro na marcha 50km) e a turca Asli Cakir Alptekin (ouro nos 1.500m). Além deles, Sergei Bakulin (campeão mundial de marcha) e Yevgenia Zolotova.
A entidade confirma que houve um atraso com os testes desses atletas, mas que o procedimento se deveu a uma extensa análise das amostras sanguineas em um período mais longo de tempo. Desde então, Kirdyapkin, Alptekin e Bakulin foram banidos do esporte.
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