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Judoca se inspira em palco olímpico e tenta apagar frustração da Rio-2016

Não convocado para os Jogos mesmo com melhor ranking, Eric Takabatake aproveita período de treinos da Seleção em Tóquio para focar na classificação para o Mundial

Eric Takabatake
imagem cameraEric Takabatake conquistou o ouro no Pan-Americano de judô na categoria ligeiro Divulgação/CBJ
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 12/06/2017
22:02
Atualizado em 13/06/2017
14:18

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Passada a frustração da não convocação para os Jogos Olímpicos Rio-2016, Eric Takabatake, da categoria ligeiro (-60kg), segue em frente. Aos 26 anos, o paulista transformou a decepção em ensinamento e continua sonhando em representar o Brasil no evento.

No ano passado, mesmo acima de Felipe Kitadai no ranking mundial, por 1.252 pontos (13) a 1.231 (14), a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) optou pelo medalhista olímpico para a categoria. Kitadai acabou eliminado na repescagem.

– Não tem como não ser frustrante. Porém, eu gosto de levar isso como algo para me ajudar a crescer. Isso me ajudou a evoluir. Já passou e não tem muito que ficar pensando se eu deveria ou não ter sido convocado. Acho que agora é levantar a cabeça e pensar na próxima e eu estou focado até o corpo não aguentar mais – afirmou o judoca.

Antes de lutar por vaga em Tóquio-2020, Eric almeja outra convocação, para o Campeonato Mundial de Budapeste (HUN), que acontece entre 28 de agosto e 3 de setembro. Com o objetivo em mente, o atleta de 1,64m viajou com a Seleção para o Japão na semana passada para treinar no berço do esporte até dia 22. A delegação brasileira, composta por 19 judocas, passou quatro dias em Hamamatsu e ontem seguiu para Tóquio.

– No Japão, sempre é intenso o treino. Acho que vai ser bom, porque é um estilo diferente. Além disso, a garotada nova daqui já é muito forte e consegue lutar de igual para igual com os adultos, então, para gente, vai ser muito bom – comentou Eric.

Apesar de não estar com a vaga garantida, o judoca afirma que está se preparando forte. Nesta temporada, Takabatake soma dois quintos lugares nos Grand Slam de Paris e Baku, o bronze no Aberto das Maldivas e o ouro no Pan de Budapeste.

– Ainda não sei se vou para o Mundial, mas estou me preparando forte. O treinamento no Japão vai ajudar ainda mais para eu me preparar caso eu seja convocado e eu espero ser.

Mesmo com os resultados, que lhe garantiram a terceira colocação no ranking – com 2.194 pontos – e duas medalhas, o judoca diz que o primeiro semestre poderia ter sido melhor.

– Em dois campeonatos importantes, eu acabei ficando em quinto lugar. Cometi alguns erros que eu não poderia – admitiu Takabatake, que completa: 

- Acho que foi bom para me ajudar a crescer e venho de um resultado bom no Pan-Americano. Não foi um começo ruim, mas acho que poderia ter sido melhor.

Mesmo sendo o melhor brasileiro na categoria, o judoca acredita que os resultados nas competições são mais importantes do que a posição na classificação mundial.

- Acho que, como o ranking mudou este ano, aumentaram os pontos das competições, então eu acabei subindo muito, mas acho que não se pode levar o ranking muito em consideração e falar que eu sou o terceiro melhor do mundo. Acho que isso é meio que mentiroso, o que vale são os resultados. Conquistar um bom resultado é o que pode falar que eu sou um dos melhores do mundo – afirmou.

Apesar de ter como meta participar novamente do Mundial, onde estreou em 2014, Takabatake afirma que já fez a sua parte e agora cabe a Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

- Acredito que eu não vou mais competir até o Mundial. Eu não fico pensando muito nisso não. Acho que o que tinha para fazer, eu fiz. Então se eu for ou não convocado, não tem muito o que fazer. É só me preparar, treinar bastante que, caso eu seja convocado, eu esteja bem preparado para isso.

De acordo com a assessoria da CBJ, a quantidade de atletas enviadas para a principal competição da modalidade na temporada assim como a data de convocação só serão discutidas após o Grand Prix de Cancún, última competição do país antes do Mundial. A competição realizada entre 16 e 18 de junho computará pontos no ranking da Federação Internacional (FIJ). De acordo com o regulamento do Mundial, cada delegação pode enviar até 18 atletas (nove por gênero), sendo um por categoria e duas sobras (dois atletas em uma mesma categoria).

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Hamamatsu será a casa do judô brasileiro em Tóquio-2020

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciaram, nesta semana, que a cidade de Hamamatsu será a casa da delegação durante os Jogos de Tóquio-2020. A delegação enviada para o local será a responsável pelos primeiros testes às instalações esportivas.

As negociações iniciaram em 2015, quando a CJB foi contatada por representantes da cidade. No ano seguinte, os dirigentes brasileiros receberam o prefeito Yasutomo Suzukina na sede do Comitê Olímpico Nacional (COB). Em novembro, a Confederação enviou uma comitiva para vistoriar as instalações de Hamamatsu. A CBJ pretende manter a estratégia das duas últimas edições olímpicas e realizar os últimos treinamentos próximos à cidade-sede.

Nesta primeira visita, a Seleção Brasileira se reunirá com autoridades locas, visitará escolas públicas e treinará com judocas. O Brasil ficará em Hamamatsu até no dia 12, partido, depois, para Tóquio, onde serão visitadas as obras das instalações olímpicas.

Confira a lista de atletas enviados ao Japão:

Seleção Masculina: Eric Takabatake (60kg); Daniel Cargnin (66kg); Charles Chibana (66kg); Eduardo Barbosa (73kg); Eduardo Yudy Santos (81kg); Rafael Macedo (90kg); Rafael Buzacarini (100kg); Leonardo Gonçalves (100kg); Rafael Silva (+100kg); Ruan Isquierdo (+100kg)

Seleção Feminina: Stefannie Arissa Koyama (48kg); Erika Miranda (52kg); Jéssica Pereira (52kg); Rafaela Silva (57kg); Mariana Silva (63kg); Maria Portela (70kg); Samanta Soares (78kg); Maria Suelen Altheman (+78kg); Beatriz Souza (+78kg)

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