Jean Silva e Bryce Mitchell trocam farpas antes da luta no UFC 314
Lutadores se enfrentam neste sábado (12)


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Jean e Silva e Bryce Mitchell se enfrentam no UFC 314, em Miami (EUA), na noite deste sábado (12). O confronto entre os pesos-pena é um dos mais aguardados do card principal. A rivalidade entre os dois alimenta o interesse não só do público "hardcore", mas também do "fã médio". Em entrevistas para o canal "AG Fight", do YouTube, tanto o brasileiro, como o americano, se pronunciaram sobre as recentes polêmicas envolvendo ambos os lutadores.
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Demostrando muita confiança para o duelo, Jean Silva, também conhecido como "Lord", se mostrou mais confuso com algumas das atitudes do rival, principalmente no que diz respeito às suas crenças. O brasileiro não entende como o americano, que se apresenta como uma pessoa devota e religiosa, pode se envolver em declarações tão polêmicas, como quando fez comentários antissemitas e defendeu Adolf Hitler.
- O cara (Bryce Mitchell) pode falar de mim, da minha mãe, da minha mulher ou pode me xingar. Ele só tem que aparecer no dia da luta. Vou levar para o pessoal se ele não aparecer lá. Aí, depois, complica para ele. Vou até a academia dele se for necessário. Mas sei que ele é um cara durão, um caipira maluco e sei que ele vai aparecer, então não levo para o lado pessoal. O que não me machuca, mas me deixa confuso é que esse cara deve sofrer literalmente. Deve ter alguns problemas emocionais dentro dele. Porque você falar de Jesus, de Deus e ser tão devoto quanto ele é, e vestir uma camiseta onde tem Jesus e algumas armas apontadas para cima, não consigo entender - declarou Jean Silva.
- Eu sei que ele falou que não apoia o que o bigodinho (Hitler) fez. Agora voltou atrás de novo. Disse que ele tem linhagem de não sei o que. Fico pensando como pode. Ele tem uma família linda, uma esposa que, pelo jeito, corre do lado dele. Eu não consigo entender. Às vezes eu fico até preocupado, para ser sincero. Até soube que o UFC levou ele lá no PI (Instituto de Performance do UFC) para ele fazer algumas sessões com um psiquiatra. Porque não é normal. Eu, de coração, espero que ele esteja vendendo só, porque isso ajuda bastante. Se não for venda, ele sofre de cabeça e talvez isso aí até seja culpa do Josh Emmett que ‘jambrolhou’ a cabeça dele - finalizou.
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Por outro lado, Bryce Mitchell, ou melhor, ‘Thug Nasty’, alvo de inúmeras críticas, não parece arrependido de seu discurso. O americano afirmou que não retira nada do que foi dito em meio a sua fala antissemita. Porém, o lutador salientou que a fala foi tirado de contexto e que, a partir de agora, tem que tomar cuidado extra ao se explicar.
- Não foi difícil (esse período), me aproximou de Deus. Era isso que Deus queria com isso. Estamos sob ataque. Geralmente por forças espirituais, agora de forças da carne (…) Eu rezei e pensei sobre isso e não retiro nada do que eu disse. Estou próximo do lorde e não tenho medo de nenhum homem (…) Não tenho vergonha do que disse. Porque conheço a história e sei o que aconteceu. Quando falamos sobre povos que sofreram, temos que falar dos cristãos também. Todos os povos sofreram. Não existe um grupo em particular que sofreu mais do que outro na história. E não tenho medo de falar isso. Se isso ofende alguém, estão convidados a debater comigo. E provavelmente irão perder o debate - afirmou Bryce Mitchell.
- Eu deveria ter me explicado melhor. Estávamos falando de coisas que antecederam aquele momento da história. E estava me referindo ao contexto em que estava falando. (Hoje) faria isso muito melhor. Prometo que vou me explicar em breve, porque agora eu sei que o inimigo está tentando tirar minhas palavras de contexto para me fazer parecer uma pessoa odiosa. Então agora tenho que ter um cuidado extra ao me explicar melhor. Essa é a chave de tudo isso. Se eu tivesse me explicado melhor, as pessoas entenderiam que eu não odeio ninguém. Não faço parte do ódio. Jesus nos ensina a amar a todos - finalizou.
Com 28 anos, Jean Silva busca uma vitória para entrar no ranking do peso-galo do UFC. Mestre da trocação e com seu estilo único que mistura agressividade e imprevisibilidade, o brasileiro esbanja um cartel de duas derrotas e 15 vitórias (quatro delas na atual organização). Aos 30 anos, Bryce ocupa atualmente a 13ª do ranking dos pesos-penas do Ultimate. Especialista na luta agarrada, o americano é dono de um cartel no MMA profissional de 17 vitórias e apenas duas derrotas.

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