José Neto avalia ano do Fla e critica falta de legado da Rio-2016
Ao L!, treinador ainda falou sobre futuro na Seleção Brasileira e projeções para o basquete rubro-negro em 2017
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Campeão de tudo como treinador do Flamengo, José Neto seguiu sua carreira vitoriosa em 2016. O treinador levantou o título do NBB 8 e do Estadual, mas precisou encarar algumas dificuldades de organização após os Jogos Olímpicos. O clássico entre Flamengo e Vasco, que estava marcado para o último dia 18, precisou ser adiado por conta de uma indefinição no local da partida e agora os clubes brigam para poder utilizar as arenas da Rio-2016.
- O que aconteceu depois dos Jogos Olímpicos para o esporte brasileiro? Uma vez, antes da Rio-2016, me perguntaram qual seria o maior legado que a Olimpíada poderia deixar para o Brasil, respondi que era justamente a cultura do esporte. Tenho um pouco de dúvida se realmente esse legado ficou. Se duas semanas depois já tiram a obrigatoriedade da educação física nas escolas, questiono se ficou . Temos que colocar o foco naquilo que a gente quer. Aquilo que não podemos interferir, não podemos amargar muito - disse Neto ao L!.
Neto reforçou as dificuldades superadas pelo elenco Rubro-Negro em 2016, ressaltando a força da equipe e fazendo um balanço positivo das conquistas do ano.
- Foi um ano muito difícil para nós, começamos aos trancos e barrancos e sabíamos que seria complicado. Mas 2016 foi sensacional. Vencemos o NBB e outro título Carioca, confirmando a hegemonia do Flamengo. Tivemos a possibilidade de jogar três campeonatos e ganhar dois. Lamentamos apenas pela Liga das Américas.
BATE-BOLA
Qual é o balanço que você faz do ano de 2016?
- Foi um ano muito bom profissionalmente. Tive a possibilidade de renovar meu contrato com o Flamengo por mais dois anos. É um clube que vejo uma possibilidade de crescer ainda mais. Fazer parte disso me deixa muito feliz. Foi um ano excepcional, estamos motivados pelo que temos agora pela frente.
O Magnano foi demitido após as Olimpíadas. Você tem alguma definição sobre a Seleção Brasileira?
- Depois que acabou a Olimpíada a única coisa que sabemos de Seleção é que terminou o contrato do Rubén (Magnano) e a confederação não renovou com ele. Depois disso vieram vários problemas. A punição da FIBA com a CBB é uma coisa que deixa uma incógnita sobre tudo que vai acontecer para o basquete brasileiro. Mas tenho uma expectativa que tudo pode melhorar. Sou um eterno otimista. As coisas podem ser muito melhores para nós. Sabemos da importância do Brasil tanto para a Liga das Américas, que ficamos fora. Tenho certeza que muito em breve vamos retomar nosso lugar.
Qual é a sua projeção para 2017?
- Temos os compromissos do NBB para 2017 e infelizmente não teremos a Liga das Américas. Depois teremos outro Estadual, que aí já faz parte de uma nova temporada. Mas, para o NBB, sabemos da dificuldade que será. O campeonato é muito duro e estamos vendo as equipes se reforçando, melhorando como time. A expectativa que tenho é de um ano difícil, mas bastante motivado por tudo que estamos fazendo.
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