Não há mais maldição do GP de Mônaco. Charles Leclerc desencantou e enfim venceu em casa como piloto de Fórmula 1. O monegasco ditou o ritmo de forma segura e foi o primeiro a ver a bandeira quadriculada nas ruas de Monte Carlo. Oscar Piastri e Carlos Sainz completaram o pódio.
Como já era esperado, foi uma corrida tática, ainda que o caos tenha surgido sem dó logo após a Sainte-Dévote na largada, entre Kevin Magnussen, Sergio Pérez e Nico Hülkenberg. Os pilotos nada sofreram na forte batida, mas foi suficiente para criar o cenário de destruição que exigiu o acionamento da bandeira vermelha.
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Até então, as escolhas de pneus eram médios para o quarteto da frente, formado por Ferrari e McLaren, e duros para os carros da Mercedes e também Max Verstappen, logo atrás. Com a paralisação, a história se inverteu, e os carros prateados junto com o #1 passaram a usar a borracha intermediária para o que seria o primeiro stint da prova.
As posições seguiram inalteradas após a relargada, mas o jogo de xadrez nos boxes era intenso. De um lado, engenheiros atentos ao desenrolar da corrida e, principalmente, ao desgaste de pneus, orientando pilotos a cuidarem dos jogos para irem até o fim. Leclerc, por exemplo, foi um dos que receberam o comando para ditar um ritmo mais calmo, mantendo Oscar Piastri fora da zona do DRS.
Briga contra Leclerc
Foi quando Verstappen, que havia até pedido um travesseiro pelo rádio por conta da monotonia, surgiu como um fator ao realizar mais uma parada na volta 52, já que tinha vantagem suficiente para isso sem comprometer o sexto lugar na pista. Com pneus novos, começou a acelerar com vontade e rapidamente alcançou Russell, em quinto.
Mas a briga, na verdade, era contra Leclerc. A dez giros do fim, a distância para Charles era em torno de 23s, apertada e que exigira uma parada muito precisa, caso essa fosse necessária. Se todos os cinco à frente tivessem de parar, Verstappen de fato seria posto de volta ao jogo. Com sete voltas para o fim, o neerlandês apertou ainda mais o ritmo, porém ficou limitado por Russell.
Era dia de Ferrari
Mas era mesmo dia de Leclerc. Era dia de Ferrari, era dia de mostrar ao mundo que era, sim, possível vencer a Red Bull de Verstappen, ainda que a equipe austríaca tenha sido sagaz para criar uma chance no fim. Tudo correu conforme o esperado, para delírio da torcida.
Lando Norris ficou em quarto, com Russell e Verstappen na sequência. Lewis Hamilton, Yuki Tsunoda, Alexander Albon e Pierre Gasly fecharam o top 10.
A Fórmula 1 retorna de 7 a 9 de junho com o GP do Canadá, nona etapa da temporada 2024.