Lenda da Seleção Brasileira de Vôlei, Fabi fala sobre Mundial 2022: ‘Geração extremamente promissora’
Em entrevista exclusiva ao LANCE!, a atual comentarista discorreu sobre a seleção feminina, que estreia na competição neste sábado
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Atual comentarista do Grupo Globo, Fabi Alvim, considerada, por muitos, a maior líbero de todos os tempos, conversou com o LANCE! sobre as chances da Seleção Brasileira no Campeonato Mundial de Voleibol Feminino. De acordo com a ex-atleta, a equipe é muito promissora, mas corre por fora na briga pelo título inédito.
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Bicampeã olímpica com a camisa verde e amarela, Fabiana Alvim possui vasto currículo por clubes e pela seleção, mas ficou faltando o Campeonato Mundial. Ela participou das edições que o Brasil conquistou prata contra a Rússia, em 2006 e 2010.
Em entrevista exclusiva ao LANCE!, Fabi comentou sobre as novas peças do time de José Roberto Guimarães, com quem possui uma longa e vitoriosa história. A comentarista afirmou que a geração é forte e vem crescendo no cenário mundial.
- Algumas meninas estrearam nessa Liga das Nações. É o caso da Kisy, da Julia Kudiess, da própria central Lorena, apesar de algumas ausências que fazem parte dessa geração mais jovem, caso da Julia Bergmann e da Diana - falou.
Apesar de ter dito que o Brasil não figura entre as grandes favoritas, Fabi não descartou a briga pelas primeiras colocações. Por ser uma competição mais longa, diferente do Mundial masculino, por exemplo, a imprevisibilidade é maior.
- A gente viu na Liga das Nações, temos que ter certo cuidado porque é um time que visa os Jogos de Paris, mas sempre gera uma boa expectativa. A gente ficou bem animado com essa Liga das Nações, com a performance coletiva das meninas também.
- Mas o Brasil a gente conhece: é um time muito organizado taticamente, respeitado pelos adversários e vai brigar pelo pódio sim. - disparou a ex-jogadora.
Reconhecimento da capacidade das adversárias
A ex-atleta ressaltou que o Brasil tem toda a capacidade para ir muito bem na primeira fase, mas salientou que os jogos não serão fáceis - por conta da rivalidade e de algumas peças de determinadas equipes.
- As seleções que podem dar mais trabalho para o Brasil são as asiáticas. As chinesas, apesar das ausências das campeãs olímpicas Ting Zhu e Zhang, são uma seleção que vem com bons resultados na base e temos que estar atentas. O Japão é aquele time tradicional que a gente conhece, veio com uma boa primeira fase na Liga das Nações, mas na reta final acabou não indo muito bem - analisou.
O Brasil está no Grupo D, ao lado de República Tcheca, Japão, China, Argentina e Colômbia. A estreia é contra a República Tcheca, tida como, de acordo com Fabi, candidata à quarta vaga.
A ex-atleta também comentou sobre as favoritas para conquistar o troféu e citou três seleções: Itália, Sérvia e Estados Unidos. Contudo, disse que outros países podem surpreender.
- Itália é a atual campeã da Liga das Nações, Sérvia campeã mundial, Estados Unidos campeão olímpico. A Turquia chega muito forte, tem a seleção da casa (Holanda), Polônia, que tem uma ou outra ausência - disse Fabi.
Seleção bem servida de líberos
O mundo conheceu Fabi por sua tranquilidade impressionante para realizar defesas difíceis e por sua excelente leitura de jogo - que ela compartilha semanalmente com os telespectadores nas transmissões de jogos da modalidade.
Seguindo a perspectiva da sua posição, a bicampeã olímpica elogiou bastante Nyeme e Natinha, as duas líberos convocadas para a Liga das Nações e, posteriormente, para o Mundial 2022. Agora, a disputa por uma vaga na equipe titular segue muito forte.
- Acho que é uma disputa que está em aberto. É muito bacana quando a gente vê o Brasil seguir isso de formar bons líberos, é uma escola de referência de líberos - comentou.
- Tanto Nyeme quanto Natinha estão super preparadas, vai ser uma disputa intensa até Paris. A gente viu o Zé (José Roberto) começando a Liga das Nações com a Nyeme fixa, mas em dado momento botou a Natinha, que correspondeu muito bem também. Vai ser a partir daquilo que o Zé observar, não vejo uma diferença entre as duas enorme. Hoje, talvez, pelos indícios do Zé, a Natinha seja uma segunda opção e a Nyeme fixa - analisou a comentarista.
Ela ainda comentou sobre as diferentes características das duas atletas da posição. Nyeme atua pelo Minas, atual campeão da Superliga Feminina. Mesmo com apenas 23 anos, a atleta não é mais uma promessa, e sim realidade. Já Natinha fez uma temporada muito boa pelo Sesc-RJ/Flamengo e, agora contratada pelo Osasco, busca voar alto no voleibol nacional.
- Ela (Nyeme) é uma jogadora super talentosa, vem das categorias de base do Brasil, tem uma personalidade interessante, gosta de arriscar. A Natinha é uma jogadora muito segura, cresceu ano a ano, vai ter experiência agora em Osasco. É uma briga que está muito aberta e quem ganha com isso são as duas e o vôlei brasileiro - afimou.
A competição começa nesta sexta-feira, com duelo de abertura entre Polônia e Croácia. No sábado, às 15h30, o Brasil enfrenta a República Tcheca, em duelo válido pelo Grupo D. A primeira fase será realizada em Arnhem, na Holanda.
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*Estagiário, sob supervisão de Ricardo Guimarães.
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