Em nova fase, Marcelinho diz: ‘Vivi tudo em quadra, cumpri meu papel’

Ex-jogador de basquete do Flamengo e da Seleção Brasileira sentiu-se 'em casa' na estreia como comentarista do Sportv para jogos da NBA e Fiba e curte aposentadoria das quadras

imagem cameraMarcelinho estreou como comentarista de TV ma última terça-feira (Foto: João Pires/LNB)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 17/10/2018
18:16
Atualizado em 17/10/2018
18:43
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Aposentado do basquete desde maio, o ex-jogador Marcelinho Machado passou para o outro lado das quadras e estreou como comentarista do Grupo Globo, na última terça-feira. O atleta cinco vezes campeão na NBB iniciou a nova carreira na transmissão ao vivo do jogo de abertura da NBA entre Boston Celtics e Philadelphia 76ers e afirmou que já se sente à vontade na nova função.

– Me senti muito confortável, muito à vontade, Me sinto assim com qualquer coisa relacionada ao basquete. É como se eu estivesse em casa. Para ser comentarista é preciso aprender algumas coisas como o 'timing' dos comentários e algumas questões técnicas, que estou pegando aos poucos. Mas, de modo geral, foi uma boa estreia. A reação do público foi positiva e o 'feedback' que recebi dos colegas também.

Aos 43 anos e ainda se adaptando às mudanças de rotina, Marcelinho também tem aproveitado a aposentadoria para tocar um projeto social e se diz feliz com a oportunidade de continuar ligado ao basquete.

– O mais importante de tudo é estar ligado ao basquete. Foi onde eu cresci, a minha profissão por tantos anos e o meu lazer. Foi só um jogo mas já deu para perceber que vou curtir bastante. A rotina muda mas vivi tudo que tinha para viver. É uma carreira que você começa sabendo que tem uma data para terminar. Uns ficam um pouco mais, como no meu caso, outros menos, mas você sabe que é uma carreira com prazo determinado. Sinto falta, mas quando vejo jogos não tenho mais vontade de estar ali. Não me vejo mais jogando.

Marcelinho escreveu seu nome na história do basquete brasileiro e mundial nos 33 anos de carreira, onze deles atuando pelo Flamengo. No currículo tem muitos títulos, medalhas e a marca de ter se tornado um dos dois únicos jogadores que atuaram em cinco mundiais. Ele admite ainda sentir falta de estar dentro de quadra, algo que “nada substitui”, mas, por outro lado, diz não ter arrependimentos.

– É natural sentir falta. Mas, por outro lado, vivi tanta coisa ali dentro que não tenho um sentimento de que poderia ter vivido algo mais. Não tenho arrependimentos. Me dou por satisfeito e acho que cumpri o meu papel. Estar dentro de quadra realmente te proporciona muitas situações que você não vive fora dela. Nada substitui estar dentro de quadra. Eu nem busco isso, eu quero um caminho novo que eu possa curtir, me sentir bem.

Aposta na mistura entre experiência e juventude nos Lakers

Sobre a temporada 2018/19 da NBA, o novo comentarista já tem alguns palpites. Ele aposta na consolidação da hegemonia do Golden State Warriors e na mistura de juventude e experiência com a chegada de Lebron James ao Los Angeles Lakers.

– É muito difícil tirar o favoritismo do Golden State Warriors. Tem mais uma estrela se juntando a um time que já tem o Stephen Curry, o Demarcus Cousins. Vai ser difícil quebrar essa hegemonia. O Lebron no Lakers é também um fator muito interessante. Hoje ele é um dos melhores jogadores de basquete em atividade e qualquer coisa que ele faça é sempre badalado. Ele indo para o Lakers é um casamento perfeito com o marketing e em, termos de resultados, eles podem conseguir coisas interessantes. Ele vai buscar trabalhar com a garotada, jovens que estão começando na NBA . Por isso também acredito em um Lakers forte .

Confiança na Seleção Brasileira

Marcelinho se disse otimista com a classificação da Seleção Brasileira para o Mundial da China, em 2019. O Brasil enfrenta a República Dominicana, dia 30 de novembro, e o Canadá, dia 3 de dezembro pelas Eliminatórias do torneio.

– Acredito na classificação do Brasil na Copa do Mundo e acredito no basquete brasileiro. Vai ser um prazer para mim comentar os jogos da Seleção Brasileira, joguei lá muitos anos, vivi muitas situações de perto, então conheço muito bem como funciona. Não vejo a hora de comentar esses jogos. Os dois próximos jogos do Brasil contra República Dominicana e Canadá serão chave, porque serão jogados em casa. Esses dois jogos vão definir a nossa classificação




*Estagiária sob a supervisão de Jonas Moura

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