McLaren explica por que permite duelo Norris x Piastri na Fórmula 1
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Andrea Stella voltou a mencionar os “princípios inegociáveis” da McLaren ao ser questionado sobre a decisão da equipe em não interferir diretamente na disputa entre Lando Norris e Oscar Piastri na atual temporada da Fórmula 1. De acordo com o dirigente, o objetivo sempre foi agir de forma justa e correta com os dois pilotos ao mesmo tempo em que coloca os interesses do time de Woking em primeiro lugar.
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— A gestão dos pilotos deve ser vista no contexto da competitividade do carro. Sempre precisamos ter uma linha de gestão, mas se você compete pelo décimo e 11º lugares, todos os seus esforços são direcionados para alcançar uma certa competitividade. É quando a equipe começa a brigar pelas primeiras posições que o cenário muda — disse Stella em entrevista à revista inglesa Autosport.
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Embora o #4 tenha se colocado no posto de principal concorrente de Max Verstappen na briga pelo título do Mundial de Pilotos, a escuderia inglesa nunca realmente ordenou a Piastri para que facilitasse a vida do britânico. Antes do GP do Azerbaijão, Stella até chegou a dizer, de maneira tímida, que o australiano havia aceitado favorecer o companheiro no campeonato — mas em Baku, inclusive, foi Lando quem teve de ajudar o #81 na briga pela vitória contra Sergio Pérez e Charles Leclerc.
— Nosso foco sempre foi a colaboração máxima. Isso porque há um objetivo principal, algo maior que o chefe da equipe, algo maior que Lando e algo maior que Oscar — e esse algo é o interesse da equipe, da McLaren. Esse aspecto é inegociável, em qualquer situação. Sempre abordamos a gestão dos pilotos e, em geral, as regras pelas quais atuamos na pista de acordo com alguns princípios: o primeiro, como eu disse, é o interesse da equipe; o segundo é a esportividade ou, se preferir, a integridade. Esses são valores muito importantes, queremos agir de forma justa e correta com nossos dois pilotos, e esse aspecto se torna ainda mais importante quando a equipe possui dois talentos que têm as habilidades necessárias para vencer corridas — continuou.
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No GP da Hungria, após tomar a primeira posição de Norris logo na largada, Piastri não mostrou nenhuma resistência ao pedido feito pela McLaren para que a dupla invertesse as posições nas voltas finais, depois de a equipe ter errado na estratégia de parada nos boxes. Pouco mais de um mês depois, o australiano não tomou conhecimento do atual vice-líder do campeonato e, mais uma vez, tomou o primeiro lugar das mãos do colega nos primeiros metros do GP da Itália.
— Não temos um piloto número um ou um número dois. Este é um cenário que funciona bem para a imprensa e em conversas de bar, mas não é bom quando você está administrando uma equipe de Fórmula 1, porque você também tem de considerar o futuro. Não sei se venceremos nesta temporada, mas estou ciente de que queremos estar em condições de vencer em 2025, 2026 e 2027, e se na maneira como administro o time na temporada 2024 eu acabar destruindo o equilíbrio, acabarei não tendo uma base sólida para os anos seguintes — explicou.
Ao se defender das acusações de que poderia ter optado por favorecer o #4 já há algum tempo, o que, talvez, o deixaria mais próximo de Verstappen na tabela, Andrea sempre destacou os princípios da esquadra papaia como justificativa das escolhas que foram feitas. Agora, abordando de maneira mais geral o assunto, o italiano explicou mais uma vez como funciona a mentalidade dentro da equipe.
— Trabalhamos duro para estar onde estamos hoje, trabalhamos duro para ter e desenvolver Oscar, assim como Lando. Quando você tem dois pilotos que trabalham juntos, o crescimento da equipe se beneficia, e desde que fomos capazes de fornecer a eles um carro competitivo, isto é, a partir do GP de Miami, a McLaren foi a equipe que mais marcou pontos no Mundial de Construtores. Quando a equipe chega nessa situação, é preciso definir uma questão que, acho, muitos gostariam de ter: como gerenciar bem os pilotos? Nós sempre começamos com nossos princípios, não os negociamos — reforçou Stella.
— É assim que acredito que devemos trabalhar na Fórmula 1, mas estou ciente de que situações complexas sempre podem surgir. Meu desafio é poder contar com um grupo unido e compacto. Posso não ter a certeza de que sempre faremos um bom trabalho, mas devemos sempre deixar claro que estamos aqui para continuar trabalhando e evoluindo, não com o objetivo de ter um fim de semana glorioso, mas de fazer algo bom para os próximos anos —encerrou o chefe da McLaren.
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