Melhor brasileiro no basquete 3×3 vê perspectiva de profissionalização
Luiz Felipe Soriani se dividia entre o esporte de quadra e o de rua até o ano passado, mas hoje foca na modalidade que fará estreia nos Jogos de Tóquio-2020 graças a premiações
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Principal nome do basquete 3x3 no Brasil, Luiz Felipe Soriani começa, aos poucos, a se dedicar exclusivamente à modalidade, que esteará nos Jogos Olímpicos em Tóquio-2020. Até o ano passado, ele precisava se dividir entre as quadras e as ruas. O salário que recebia em clubes era necessário para pagar as contas no final do mês.
O santista de 29 anos, que defende o São Paulo DC, é o brasileiro mais bem colocado no ranking da Federação Internacional de Basquete (Fiba), em 62º lugar. Neste sábado e domingo, ele é uma das atrações dos Jogos Cariocas de Verão, que acontecem na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Ao L!, o jogador falou sobre a nova fase da carreira e as perspectivas de profissionalização da modalidade, dominada pelos europeus, desde a sua inclusão no programa olímpico.
Quais prioridades você estabeleceu para este ano de 2018? Ficará focado no 3x3 ou considera ainda se manter no basquete convencional?
Jogo o 3x3 há três anos, sempre jogando o basquete de quadra simultaneamente. Neste ano de 2018 decidi focar somente no 3x3.
Qual perspectiva tem hoje sobre a profissionalização do 3x3? O que pode ser feito no curto prazo para atingir esse objetivo?
Com o aumento das premiações para 1 milhão de dólares nessa temporada, temos uma perspectiva maior para a profissionalização do esporte, e profissionalização significa investimento. Para que isso ocorra a curto prazo em nosso país é necessário o incentivo privado, que ainda não temos no esporte.
Hoje, você consegue ganhar algum dinheiro com o 3x3? Se sim, quanto, e em que momento?
Infelizmente ainda não, exceto em algumas situações em que participamos de torneios que valem prêmios e ganhamos.
Como é a sua rotina no 3x3? Treina quantas horas por dia, quantos dias por semana, e joga competições com que frequência?
Não temos uma rotina do 3x3, como equipe tentamos nos encontrar pelo menos duas vezes na semana para realizar os treinamento, individualmente treino todos os dias, no mínimo uma hora e meia de quadra e uma hora e meia de academia. Esse ano está tendo uma frequência maior de torneios, o mês de março por exemplo vamos jogar três torneios (dois no Rio e um em São Paulo).
Fora o basquete, você tem outras fontes de renda e ocupações profissionais atualmente?
Até o ano passado minha renda vinha do basquete de quadra, esse ano como apostei só no 3x3 tinha que morar em São Paulo, então estou trabalhando para me manter por aqui, até conseguirmos incentivo para viver e me dedicar só ao 3x3.
Você já se imagina na Olimpíada de 2020? O que pensa quando ouve sobre o evento?
Disputar uma Olimpíada é o meu sonho desde criança e de repente a modalidade em que estou me destacando se torna olímpica. O sonho passa a estar mais próximo, claro que não tem nada garantido, falta muito até lá, mas o importante é que a busca por esse sonho se torna real, e o trabalho e os treinamentos voltados voltados para isso.
Como pretende utilizar os Jogos Cariocas de Verão na sua programação da temporada? Seu time chega com favoritismo?
Os jogos de Verão vão ser um ótimo teste para nossa equipe, estamos invicto na temporada de 2018, até agora são 3 torneios e 3 vitórias, esse vai ser o primeiro fora de São Paulo e a nosso time como está no topo do ranking brasileiro é a equipe a ser batida. Além de que vai ser o primeiro torneio da temporada valendo premiação em dinheiro, então vamos com tudo.
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