Mercedes vê falha em reconhecer fraquezas na F1 e assume que faltou ‘autocrítica’
Diretor-técnico da Mercedes afirmou que a abordagem usada até 2021 não funciona mais
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Diretor-técnico da Mercedes, James Allison avaliou que a equipe falou em identificar fraquezas nos últimos anos na Fórmula 1. O dirigente, aliás, foi além e reconheceu que também faltou “autocrítica”.
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A Mercedes voltou ao topo do grid da Fórmula 1 nos últimos dois finais de semana de corrida com vitórias de George Russell e Lewis Hamilton nos GPs da Áustria e da Inglaterra, respectivamente. Após os triunfos contra McLaren e Red Bull em pista, Allison falou sobre a difícil fase que a marca alemã tem enfrentado na categoria desde 2022.
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Depois de oito conquistas seguidas do Mundial de Construtores, a Mercedes tem sofrido desde a implementação do atual regulamento da Fórmula 1 há duas temporadas. Para Allison, a abordagem que a equipe utilizava desde 2014 já não pode mais ser usada com eficiência.
“A coisa mais significativa que poderíamos apontar para nós mesmos e dizer como uma crítica é que a maneira que encontramos de trabalhar no regulamento anterior foi muito eficaz para o regulamento anterior. Quero dizer, a maneira como os principais grupos de engenharia interagiam entre si na equipe. Portanto, a aerodinâmica com a dinâmica do veículo, a dinâmica do veículo com a pista e a pista com ambos os grupos”, explicou
“A forma como nos organizamos antigamente funcionou muito bem. Funcionou durante oito temporadas consecutivas, algo que ninguém nunca fez antes, foi bastante impressionante. Mas nós continuamos com essa forma de trabalhar em diferentes circunstâncias e não fomos suficientemente autocríticos para reconhecer que havia fraquezas a essa abordagem no novo mundo e que não tinham importância no antigo. Definitivamente pagamos um preço por isso”, continuou.
James Allison também analisou como a equipe sofreu no início do regulamento com os quiques do carro com o novo assoalho implementado. Nas duas primeiras temporadas com o novo conjunto de regras, a Mercedes só faturou uma vitória em GPs, que veio com Russell em Interlagos, em 2022.
“Os carros estão tão próximos do solo neste regulamento que a suspensão e a aerodinâmica têm de estar muito ligadas uma à outra. Antes, eles meio que eram primos, mas não precisavam estar muito bem integrados. Na verdade, seria ineficiente no velho mundo perder tempo preocupando-se com a interação de um grupo com o outro de uma forma intensa, porque eles eram, até certo ponto, ortogonais entre si. Agora a interação tem de ser muito estreita”, detalhou.
A Fórmula 1 volta às pistas neste final de semana para o GP da Hungria, no Hungaroring, entre os dias 19 e 21 de julho.
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