Miami Heat e Denver Nuggets estão nas finais da NBA com a marca de suas administrações

Equipes que disputam o jogo 4 nesta sexta-feira são formadas por jogadores ‘desprezados’, preteridos no Draft ou sequer escolhidos por alguma franquia

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Os escritórios das franquias finalistas na atual temporada da NBA tiveram grande influência nas campanhas das equipes. Denver Nuggets e Miami Heat, que fazem o jogo 4 da série nesta sexta-feira, às 21h30 (de Brasília), construíram seus elencos sem escolhas principais no Draft da liga, com muito trabalho de escalte, observação e mapeamento do mercado.

E não são somente as peças de composição de elenco, mas, sim, os protagonistas do evento. O craque Nikola Jokic, estrela dos Nuggets, eleito duas vezes o melhor jogador do campeonato, foi somente a 41ª escolha de 2014, enquanto Jimmy Butler, líder do Heat, acabou escolhido em 30º nas seleções de 2011.

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- É uma filosofia organizacional, nós temos feito isso por muitos anos já. Nós sabemos o que precisamos e o que procuramos. Nós amamos realizar sonhos - disse o treinador do Heat, Erik Spoelstra.

Ao todo, nove atletas do elenco de Miami não foram selecionados por meio do Draft, representando 52,9% do grupo. Somente Kevin Love, que chegou recentemente e deixou seu ápice no passado, Victor Oladipo, lesionado, e Cody Zeller, peça do banco, foram recrutados entre os dez primeiros.

Do outro lado, os donos do mando na série contam com somente quatro atletas assegurados entre os dez: Jamal Murray, Aaron Gordon, Jeff Green e Kentavious Caldwell-Pope. Três no elenco não foram elegidos por nenhum time no Draft.

- O trabalho de observação de atletas é, sem dúvida alguma, um dos maiores propulsores de projetos de sucesso na atualidade. Sem isso, as equipes não conseguiriam construir sua estrutura, a fim de descobrir novos talentos e obter o retorno técnico e, posteriormente, financeiro - destaca Júnior Chávare, diretor-executivo da Ferroviária, responsável pela revelação de grandes nomes do futebol brasileiro, como Militão, Everton Cebolinha e Arthur, entre outros.

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A grande surpresa dos playoffs até aqui é Caleb Martin. Diante do poderoso Boston Celtics, nas finais da Conferência Leste, o então coadjuvante assumiu um papel principal e obteve médias de 19,3 pontos e 6,4 rebotes por partida. Também não ‘draftado’, o jogador só assinou com o Heat por conta de uma força do rapper J. Cole.

O arquiteto desta narrativa de sucesso na Florida é o presidente Pat Riley, que alcançou a sua 19ª final da liga. Em sua jornada como jogador, técnico ou assistente, e agora executivo, Riley esteve presente em 24,7% das decisões em toda a história da NBA. Um novo troféu agora talvez seria a sua grande obra-prima.

Pat Riley, diretor executivo do Miami Heat (Foto: JESSE D. GARRABRANT/AFP)

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Classificado por meio do play-in, torneio que cede as últimas vagas aos mata-matas, o Miami é a segunda equipe a chegar às finais como oitava colocada. A outra a alcançar tal feito é o New York Knicks, no ano de 1999.

O Denver Nuggets, que joga a primeira final de sua história, vai vencendo o duelo por 2 a 1 e levantará o inédito troféu se alcançar mais dois triunfos. No entanto, a carta na manga de Miami para surpreender e buscar a virada tem nome e sobrenome: Tyler Herro. O jogador de 23 anos vinha sendo a válvula de escape ofensiva para Butler, mas não atuou em nenhum jogo dos playoffs, lesionado. A expectativa é de que o retorno aconteça agora no jogo 4.

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