O Brasil será representado por 16 atletas no Mundial de canoagem velocidade e paracanoagem, que acontece em Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra, em Portugal. O evento começa nesta quarta-feira e vai até domingo, com cerca de 1.500 atletas, de 80 países. Detentor de três medalhas olímpicas, Isaquias Queiroz é destaque do país.
A abertura do Mundial aconteceu nesta terça-feira, mas as disputas só terão início na quarta, com os atletas da paracanoagem, no dia 23 com os atletas da canoagem velocidade. Ao todo, serão 30 categorias na disputa olímpica, das quais 12 estão no programa de Tóquio-2020. Na competição paralímpica, seis da 12 categorias estarão nos Jogos.
– A competição conta pontos para o ranking mundial, além de ser mais uma oportunidade para os atletas mostrarem o desempenho deles e as reais chances de medalha olímpica – declarou Álvaro Koslowski, supervisor da canoagem velocidade da Confederação Brasileira de Canoagem, ao rededoesporte.gov.br.
– A seletiva oficial para Tóquio só ocorre em agosto de 2019, mas a competição de Montemor-o-Velho é essencial para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Conta pontos para o ranking mundial, além de ser mais uma oportunidade para os atletas mostrarem o desempenho deles e as reais chances de medalha – completou Koslowski.
Nove atletas vão representar o Brasil na Canoagem Velocidade, divididos nas provas de K1, caiaque para uma pessoa, C1 e C2, canoa para uma e duas pessoas, respectivamente.
Isaquias, de 24 anos, mostrou bom desempenho na etapa alemã da Copa do Mundo, em Duisburg, onde ganhou a prata com o tempo de 3m14s708 no C1 de mil metros. Na ocasião, ele fez a melhor marca de sua carreira. O tempo foi inferior, por exemplo, ao recorde olímpico estabelecido pelo espanhol David Cal (3min46s201), na Grécia, em 2004. Na Alemanha, Isaquias ficou atrás apenas do tcheco Martin Fuksa.
– Fiquei surpreso com meu tempo. Foi absurdo para o que estou acostumado. Bati o recorde olímpico que era do Davi Cal. Consegui ganhar do Brendel. Era um objetivo passar dele, mas uma ou duas vezes não significa nada – destacou o brasileiro, que vai disputar três categorias neste mundial: C1 1.000m, C1 500m e C2 500m, a última ao lado de Erlon Souza, que também é medalhista olímpico.
OUTROS DESTAQUES
Além dos destaques em Olimpíadas, o Brasil conta com outro talentos da canoagem, dentre eles Andrea Santos e Angela Silva que, em dupla, conquistaram o ouro na etapa húngara da Copa do Mundo de 2017, na prova C2 200m. Outro nome de destaque é Edson Isaias, que foi prata no K1 200m, no Pan de 2015, em Toronto, no Canadá. Vagner Souta, que foi prata no K4 1.000m e Bronze no K2 1.000m, também no Pan-americano.
Ana Paula Vergutz também faz parte dos atletas que vão representar o Brasil na competição e já conquistou uma medalha de bronze no K1-200m, já Valdenice, que também é parte da equipe, conquistou um bronze no C1-200m. A novidade fica a cargo do jovem atleta, recém-chegado à Seleção, Maico Ferreira dos Santos. Das provas que serão disputadas no Mundial, as 12 que integram o programa olímpico de Tóquio são: C1-1.000m, C2-500m, C2-1.000m, K1-1.000m, C1-200m, C2 500m, K1-500m.
– É um time forte. Muitos conquistaram o pódio no último Pan. O Vagner, por exemplo, ficou em 16º no ranking mundial no ano passado. É um atleta novo que pode crescer e chegar numa final. A Valdenice, bronze em Toronto, ficou em sexto no mundial de 2017, na República Tcheca, assim como a dupla Andrea e ngela – afirmou Koslowski.
PARACANOAGEM PROMETE
Já na paracanoagem, o Brasil vai contar com sete representantes, que vão disputar as seis categorias que fazem parte do programa paralímpico de Tóquio-2020. Caio Ribeiro, que compete nas classes KL3 e VL3, é medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio-2016. Já Luis Carlos Cardoso compete na KL1 e VL2, foi medalhista de ouro e de bronze no último Mundial. Debora Raiza, disputa na KL2 e VL2, Giovane Vieira, da KL3, Igor Alex, na VL2, e Mari Santilli, na KL3, também fazem parte da equipe. Fernando Rufino, que compete pela KL2, que retorna às competições após três anos.