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Papo com Castroneves: McLaren, uma experiência motivadora

Piloto escreveu sobre a experiência de correr pela McLaren em Indianapolis

Helio Castroneves (Foto: IndyCar Media)
imagem cameraHelio Castroneves escreve para o LANCE! às quartas-feiras (Foto: IndyCar Media)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/10/2020
21:07
Atualizado em 07/10/2020
08:10

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Oi pessoal, tudo bem aí? Espero que sim! Estou sabendo que aí no Brasil está muito calor e, em Ribeirão Preto, meu pais me contaram que está na casa do 40ºC. Em compensação. Por aqui já está esfriando.

Mas o que não esfriou foi meu entusiasmo em viver uma experiência muito bacana correndo na equipe McLaren em Indianapolis. Entre quinta e sábado, a programação foi composta por apenas um treino livre, dois Qualifying e duas corridas.

Devido ao pouco tempo de testes, cada volta era importante, então, tratei de andar o máximo possível e melhorar a cada atividade. No cômputo geral, foram 198 voltas. Mas, querem saber? Tivemos uma corrida na sexta, outra no sábado e lamentei que não houvesse mais uma programada para o domingo.

Isso porque, apesar de o início do trabalho ter sido difícil e praticamente sem chances de treinar, fui sentindo melhora paulatina, constante. Para vocês terem uma ideia do que estou falando, a evolução do carro de um dia para o outro foi na casa de 2s. Acho mesmo que, se houvesse mais tempo, seria possível obter uma evolução mais acentuada.

Depois de andar 20 anos na Penske, estou mais do que acostumado com o método de trabalho da equipe. Cada uma tem uma metodologia, uma receita de acerto diferente, know-how bem particular para cada item que o regulamento permite desenvolvimento personalizado e por aí vai. Assim, apesar de o equipamento básico ser o mesmo, cada organização é um “mundo” diferente.

Logo de cara, senti bastante essa diferença, mas aos poucos fui me entrosando e a tarefa ficou mais fácil por causa da maneira carinhosa e atenciosa que fui recebido por todos. A começar pelo próprio Oliver Askew, que estava lá o tempo todo para colaborar com o que fosse preciso.

Como vocês sabem, o convite para participar dessas duas provas aconteceu porque o Oliver ainda não estava totalmente recuperado do acidente que teve na Indy 500. Nos próximos dias ele fará novos exames e torço para que já possa voltar ao carro na última etapa, que será no dia 25, em St. Pete. É um garoto muito bom, talentoso e esforçado. Tenho certeza que vai superar tudo isso.

Em termos de resultados, fui 20º na corrida 1 e 21º na corrida 2. Mas, nesta do sábado, estava bem mais adaptado e andei entre os cinco primeiros por algum tempo. Obviamente que não fiquei feliz em andar atrás, mas foi, de fato, muito legal voltar aos monopostos.

Mas o meu Acura ARX-05 DPi #7 está esperando ao Ricky e a mim para a sequência do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, que será no dia 17, em Road Atlanta, para a prova de 10 horas, a Petit Le Mans. Pela duração, o Alexander Rossi virá formar o trio com a gente. Semana que vem eu volto para falar dessa prova.

Abraço a todos e até semana que vem!

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* Helio Castroneves é piloto do Acura Team Penske no IMSA WeatherTech SportsCar Championship e do Chevrolet Team Penske na Indy 500.

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