Papo com Helinho: ‘Os desafios de novos calendários’
Piloto brasileiro faz projeções sobre o retorno de suas categorias após cancelamentos
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O brasileiro Helio Castroneves, três vezes vencedor da Indy 500, com 20 temporadas na Indy, 30 vitórias e 50 poles, escreveu em sua coluna semanal ao LANCE! sobre os desafios dos novos calendários devido à pandemia do Covid-19.
Atualmente, Helinho é piloto do Acura Team Penske no IMSA WeatherTech SportsCar Championship e do Chevrolet Team Penske na Indy 500.
Confira!
Olá amigos!
Nesses dias de grandes dificuldades no mundo todo, é importante seguir as recomendações dos especialistas, ficando em casa o maior tempo possível. Mesmo quem não tem possibilidades de ficar em casa o tempo todo, há instruções de todos os tipos para evitar contágio e propagação do coronavírus. Mas apesar desse clima de apreensão e de incertezas, a gente não pode se entregar. O negócio é pensar positivamente e acreditar que em pouco tempo vamos retomar as atividades, nem que seja aos poucos.
É pensando dessa forma que a IMSA e a IndyCar reprogramaram seus respectivos calendários e, se Deus quiser, vamos conseguir voltar às pistas nas datas programadas. Na verdade, todas as categorias estão fazendo isso, pois algumas provas precisaram ser adiadas ou mesmo canceladas. Mas eu vou falar especificamente das minhas categorias.
Como vocês sabem, o IMSA WeatherTech SportsCar Championship é o campeonato que eu disputo integralmente pelo Acura Team Penske. Depois da Daytona 24, que foi a prova de abertura da temporada em janeiro, a segunda etapa seria a 12 Horas de Sebring, em março, mas precisou ser adiada e a nova data passou a ser 14 de novembro.
Isso significa dizer que a Petit Le Mans, a prova de 10 horas de duração no estado da Georgia, que tradicionalmente encerra o nosso campeonato, dessa vez será a penúltima corrida pelo fato de Sebring ser reposicionada no final do calendário.
Já no caso de Long Beach, que seria a terceira corrida do ano, não vai mais acontecer porque foi cancelada. Assim, o nosso próximo compromisso no IMSA é a corrida de Belle Isle, em Detroit. Depois disso, o campeonato passará por Watkins Glen, Mosport (Canadá), Road America, Laguna Seca, Mid-Ohio. Road Atlanta e Sebring. Dessa forma, o número de eventos cai de 10 para nove.
No caso da IndyCar, também houve alteração de datas e, sem dúvida, a mais importante é a transferência da Indy 500 de maio para agosto. Desde a primeira edição, em 1911, nunca antes a disputa aconteceu em outro mês que não fosse maio. Além disso, só deixou de ser disputada durante a Segunda Guerra Mundial. Quer dizer, os organizadores foram obrigados a mexer em algo com mais de 100 anos de tradição.
Mas não tinha outra alternativa. A medida, então, foi super correta. Se houvesse insistência para ser em maio, sem pensar em transferência, simplesmente a corrida não aconteceria em 2020. Assim, todos os preparativos ocorrem, a partir de agora, para a Indy 500 acontecer no dia 23 de agosto.
Essas notícias são importantes porque permitem que as equipes trabalhem de forma planejada. Só que, infelizmente, ninguém sabe ao certo quanto tempo será necessário para a gente saber quando tudo isso pode acabar. Há gente otimista achando que vai ser tranquilo cumprir a nova programação. Outros, acham que não.
Diante desse cenário, o negócio é seguir os planos de Deus. Como sempre digo, Ele tem um plano para cada um de nós.
Abraço a todos, cuidem-se e até semana que vem!
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