Olá, amigos, tudo bem? Estou aqui em Daytona para disputar a Daytona 500 no domingo, que no horário brasileiro terá início às 16:30. Está sendo uma experiência fantástica, pois tudo aqui é muito legal. A equipe Trackhouse é ótima e já estou me sentindo em casa.
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Aqui, tudo é diferente daquilo que já vivi nas pistas. É um evento grandioso com uma forma muito particular de as coisas acontecerem. O grid para a corrida de domingo é um exemplo disso. Na verdade, começou na quarta-feira com um Qualifying super-rápido, valendo apenas uma volta rápida por carro, que entram na pista um de cada vez, como é natural em circuitos ovais.
Qualifying para as corridas da Daytona 500
Mas esse Qualifying serve apenas para formar o grid das duas corridas da quinta, a Duel 1 e Duel 2. Quer dizer, as disputas começam bem antes de a corrida principal acontecer e isso faz o circuito lotar. Um público enorme esteve presente para ver essas duas provas rápidas, de 60 voltas cada. A corrida, principal, só para comparar, tem 200 voltas.
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Só depois dessas duas etapas é que sai a ordem de partida para o domingo. E tudo isso após um único treino livre. Mas está valendo demais conhecer, pelo lado de dentro, esse universo impressionante que é a NASCAR.
No meu caso, realmente estou desapontado com o Qualifying. Poderia estar numa posição muito melhor mas, como vocês sabem, NASCAR é NASCAR e tudo pode acontecer. Todo mundo já viu várias vezes aqueles acidentes que envolvem muitos carros. Pois é, aconteceu comigo e vou largar em 41º e último lugar. Vou explicar.
Frações de segundos para desviar na NASCAR
Cada grupo reuniu mais de 20 carros, pois o total de inscritos passava de 40. Como resultado da volta rápida de quarta, larguei no pelotão traseiro, mas o legal é que fui ganhando posições, a equipe estava com uma estratégia boa, pit funcionando tudo nos conformes e cheguei a estar em P7.
Só que aí, na volta 14, o piloto Chandler Smith, que estava em P3, bateu no muro na curva 2, depois de um choque entre ele e o Justin Haley. Aí foi carro para todo lado e sobrou para mais quatro pilotos, eu inclusive. As velocidades são enormes e tudo acontece muito rápido. São frações de segundo para reagir. Eu tentei desviar, mas não teve jeito. Levei pancada por todos os lados, a suspensão do meu Chevrolet Wendy’s # 91 quebrou e eu também fui parar no muro. Faz parte.
Vocês sabem que, nos ovais, a posição de largada não é fundamental, principalmente numa corrida longa como a Daytona 500. Então, vamos para cima.
Abraço a todos e espero poder contar, na próxima semana, sobre bons resultados nas corridas de sábado (vou fazer a prova na ARCA, como fase de preparação) e domingo.