Papo com Helio Castroneves: Gostei de tudo na NASCAR, menos das batidas
A Daytona 500 foi um momento muito feliz na minha carreira
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Oi, pessoal, tudo bem? Me disseram que está um calor danado aí no Brasil, pois aqui o frio continua firme, forte e branco, em alguns lugares. Nesta coluna, quero falar da minha participação na NASCAR. Tenho de ser muito honesto com vocês. Não gostei … eu AMEI!!!! A Daytona 500 foi um momento muito feliz na minha carreira. Não apenas a corrida em si, mas a preparação como um todo, o evento, a ARCA, o público…
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Entretanto, não apreciei aquele monte de batidas. De fato, é uma característica muito própria da NASCAR e o público sabe que, a qualquer momento, um acidente forte vai acontecer. Para quem está acostumado a ver aquilo tudo na TV, com vários carros escapando por todos os lados, sabe que ocorrências como essa fazem parte do campeonato. Tem gente que até torce pelos esbarrões, confirmando a tese de que não há corrida monótona na NASCAR. Agora, quando é você que está em um dos carros, no meio daquele festival de batidas, não tem graça.
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Mesmo na prova da ARCA, na qual tive um resultado muito bom, P5, levei duas batidas. Na abertura da NASCAR Cup Series, no domingo, mesmo largando em último em razão de um acidente na prova de 60 voltas do sábado, peguei logo o jeito da corrida e do carro, que sempre foi muito bom, e fui avançando bastante. Quando a prova precisou ser paralisada pela primeira vez por causa das chuvas, em estava lá no pelotão da frente.
Mas numa prova de 200 voltas e 500 milhas, tudo pode realmente acontecer e minha suspensão foi para o espaço quando fui colhido por alguns carros que se acidentaram. Foi uma pena ter de sair antes da prova, pois estava me divertindo muito com todas aquelas alternativas e estratégias de corrida.
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Assim, alguém pode dizer:
- Oh, Castroneves, como esses caras da NASCAR batem, heim? Parece que só tem amador!
Nada mais errado quem pensa assim. Os pilotos são feras. Os carros andam tão colados, em velocidades tão grandes, que todas as tentativas de ultrapassagem são muito arriscadas. Se ninguém arriscasse, a corrida toda seria um “trenzinho” do começo ao fim, com duas ou até três filas de carros na pista. Muitas ultrapassagens acontecem, mas muitos dos acidentes ocorrem porque é muito fácil perder o carro ao sair da fila para ganhar posições.
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Então, quero dizer que os pilotos da NASCAR são sensacionais, num nível de profissionalismo e competência incríveis. Foi um orgulho muito grande para mim poder fazer parte desse grupo e acrescentar ao meu currículo a Daytona 500, ainda que não com os resultados que esperava, tanto na classificação quanto na corrida.
Minha participou em Daytona fez com que eu ouvisse centenas – talvez milhares – de vezes a mesma pergunta:
- Oh, Castroneves, você vai correr na NASCAR agora?
A resposta é “não”, mas não “nunca”. Foi fantástica a oportunidade que recebi da equipe Trackhouse e da rede de restaurantes Wendy’s, nossa patrocinadora. Mas, pelo menos a curto e médio prazos, tenho outros planos, que vocês logo saberão. Março está chegando e com o terceiro mês do ano chegam a IndyCar, a Twelve Hours of Sebring e muito mais.
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Mas tudo isso vou contar, em detalhes, nas próximas semanas.
Abraços!!!
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