Papo com Helio Castroneves: ‘Em memória de Bobby Unser’
Piloto contou ao LANCE! a relação com tricampeão da Indy 500, que morreu aos 87 anos
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Eu tinha começado a escrever a coluna de hoje e iria falar da próxima Indy 500, corrida que marcará a minha estreia na Meyer Shank Racing no NTT IndyCar Series de 2021. De certa maneira, a prova é o assunto desta quinta-feira aqui nesse meu espaço no Lance!, mas as do passado. Digo isso porque o enfoque mudou quando chegou a notícia do falecimento de Bobby Unser, aos 87 anos, no último domingo, 2. Estava na casa dele, lá em Albuquerque, no Novo México.
Além do respeito que sempre tive por ele, dono de uma carreira diversificada e coroada de muito êxito, um fato objetivo nos aproximou nesses anos todos. Bobby era – e é - meu colega de ranking entre os pilotos que venceram três vezes a centenária prova do Indianapolis Motor Speedway, juntamente com o Johnny Rutherford e o Dario Franchitti.
As dele foram conquistadas em 1968, 1975 (quando eu tinha apenas 15 dias de nascido) e 1981, esta última correndo adivinhem para quem? Ele mesmo, Roger Penske. Aquele ano, 1981, foi o último de sua carreira e, em pouco, tornou-se comentarista de corridas. Era uma alegria revê-lo a cada mês de maio.
Bobby faz parte do que aqui nos Estados Unidos eles chamam de Dynasty, um grupo familiar que se destaca em algum setor. E os Unser, definitivamente, são os “reis” de Indianapolis, pois juntos venceram nove – eu disse 9 - Indy 500.
Além das três do Bobby, o irmão dele, o Al Unser, venceu em 1970, 1971, 1978 e 1987. Já o Al Junior, filho do Al Senior e sobrinho do Bobby, faturou em 1992 e 1994. Edetalhe: em tempos diferentes, eles ganharam uma corrida cada pelo Team Penske.
Aí a Dinastia Unser perde para a “Dinastia Castroneves”, pois ganhei as três com o Capitão. Pensando bem, para existir uma Dinastia Castroneves, sem aspas, minha filha Mikaella e meus sobrinhos Dudes e Benjamin precisariam vencer a Indy 500. Não está com pinta de que isso vá acontecer, mas quem sabe o futuro senão Deus, né?
Bom, vou parando por aqui porque vou levar belas broncas da minha irmã Kati e da dona Sandra, quando lerem isso. Mas o seu Helio, aposto, adoraria a ideia.
Forte abraço e até semana que vem.
Helio Castroneves, especial para o LANCE!
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