Papo com Helio Castroneves: Três semanas para recarregar as baterias, com o oferecimento da Olimpíada de Paris
Final de semana foi bem diferente para toda comunidade do NTT IndyCar Series
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Oi, pessoal, tudo bem?
Pois é, este último final de semana foi bem diferente para toda a comunidade do NTT IndyCar Series. Pela primeira vez, depois de várias semanas consecutivas, não estivemos numa pista de corrida. Como vocês acompanharam, praticamente não paramos desde abril, sempre com uma atividade grudada na outra.
Essa dinâmica tem um lado muito bom, mas outro bem mais ou menos. O legal é que o campeonato não sai da mídia, não há tempo para baixar a guarda, fica tudo muito quente. Como piloto, adoro essa maratona. Mas, por outro lado (sempre tem o outro lado, né), é muito puxado para as equipes.
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Para começar, a logística para organizar tudo isso não é mole, não. Tem sempre alguém na equipe com a cabeça três ou quatro corridas na frente para que tudo possa funcionar. Tem também o lado do time que vai para a pista.
Por mais entusiasmados que sejam – e posso dizer que nosso time é um dos mais entusiasmados, principalmente agora que a equipe está crescendo -, os mecânicos ficam com uma carga muito grande. São muitos dias fora de casa, o cansaço vai se acumulando, alguns detalhes acabam passando e por aí vai.
Por tudo isso, essa parada de três semanas serve para recarregar as baterias. Mas é bom que se diga que essa folga nada tem a ver com a gente, pois não é usual da categoria um período longo de inatividade em pleno andamento do calendário.
O motivo é a Olimpíada de Paris. Houve um acordo entre a IndyCar e a televisão para que não houvesse o encavalamento entre nossas corridas e os Jogos Olímpicos. Realmente, foi uma decisão acertada, com vários reflexos positivos. Mas, na volta, a maratona vai continuar. Madison, Portland e Milwaukee acontecerão em três finais de semana consecutivos. Aí pulamos um e vamos para a última corrida em Nashville.
Quero aproveitar para falar um pouquinho sobre o David Malukas. Já sabíamos quão rápido ele é e, agora, estamos constatando isso mais proximamente, agora que ele está com a gente, na Meyer Shank Racing. Ele é muito focado, sabe ouvir e tem algo que, para mim, é muito familiar. A família está sempre ao lado, a mãe dele parece a minha, Dona Sandra, muito apegada à religião. Sou um exemplo de como é importante ter a família como aliada na busca do seu sonho.
Bom, já que estamos de folga, vou dar um pulo no dentista, pois faz tempo que não vou. Abração e até semana que vem.
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