Se nas Olimpíadas o Brasil não exerce papel de protagonista entre as grandes potências, nas Paralimpíadas a história é bem diferente. A cada edição a delegação brasileira melhora seus números e se mantém entre os primeiros no quadro de medalhas. A poucos dias dos Jogos de Paris, o Lance! explica os motivos que levaram o Brasil a ser uma potência no esporte paralímpico.
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Os pontos que explicam o papel dos brasileiros no cenário paralímpico mundial passam por questões sociais. A dificuldade de inclusão de pessoas com deficiência no país torna o esporte uma alternativa para os que buscam superar suas limitações físicas e as barreiras sociais.
Além da questão social, o alto investimento também é um diferencial para o sucesso nas competições. Desde 2003, com a assinatura da Lei Piva, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) recebe uma verba das Loterias Federais - principal renda da entidade. A efetividade do investimento foi vista na prática: nas Paralimpíadas de 2008, em Pequim, a delegação terminou no top 10 do quadro de medalhas e manteve esse retrospecto até a última edição, em Tóquio.
Outro ponto importante é a manutenção do investimento. Em quase 20 anos da Lei Piva, parte do dinheiro foi investida na construção de um Centro de Treinamento, inaugurado em 2015, em São Paulo. O local é apontado como de altíssimo nível e disponibiliza condições de treinamento para diversas modalidades.
Recorde pode ser quebrado em Paris
Dessa forma, fica mais simples entender como o Brasil consegue se destacar no cenário paralímpico mundial. Nas Paralimpíadas de Tóquio, os atletas brasileiros igualaram a marca da Rio 2016, com 72 medalhas. No Japão foram 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes - a melhor marca do Brasil na história. Com 280 atletas classificados, a delegação busca bater o recorde das últimas edições na capital francesa.
As Paralimpíadas de Paris começam na quarta-feira (28) e vão até o dia 8 de setembro. Os brasileiros irão representar a bandeira do país em 20 das 22 modalidades existentes na competição.