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Parceiros na Seleção, ‘cérebros’ de Fla e Bauru rivalizam pelo título do NBB

Técnicos dos finalistas, que decidem a taça neste sábado, José Neto e Demétrius travam a última batalha antes de retomarem parceria na comissão de Magnano pelo sonho olímpico

José Neto e Demétrius Ferracciú são os "cérebros" de Flamengo e Bauru no NBB (Foto: João Pires/LNB)
imagem cameraJosé Neto e Demétrius Ferracciú são os "cérebros" de Flamengo e Bauru no NBB (Foto: João Pires/LNB)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 11/06/2016
00:22
Atualizado em 23/06/2016
12:58

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Um novo campeão do NBB será conhecido neste sábado, em meio ao último capítulo de uma rivalidade acirrada entre dois dos principais técnicos do basquete brasileiro na atualidade.

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José Neto, do Flamengo, e Demétrius Ferracciú, do Bauru, guiarão os times na quinta e última partida da final, que acontece às 14h10, na Arena Carioca 2, no Rio de Janeiro. Cada um venceu dois duelos até agora.

A batalha, porém, está com as horas contadas. Passada a definição de quem erguerá a taça, os profissionais se voltarão ao objetivo comum de preparar a Seleção Brasileira, chefiada por Rubén Magnano, para faturar uma medalha olímpica nos Jogos Rio-2016, em agosto. Eles são assistentes do argentino na equipe.

– A qualidade do Demétrius todo mundo está vendo. Da nova geração de técnicos, é um cara que admiro muito, inclusive como pessoa. Na Seleção, pude conhecê-lo melhor. Vejo um campo muito aberto para ele. Passou pro alguns bocados que o fizeram crescer. Fico contente jogarmos a final – disse Neto, ao LANCE!.

Aos 45 anos, o treinador do Rubro-Negro foi o chefe das três últimas conquistas do clube no NBB, nas edições 2012/2013, 2013/2014 e 2014/2015). O Fla tenta o penta, sendo o tetra consecutivo. Bauru nunca venceu.

Do outro lado, Demétrius busca seu primeiro título na função. Apresentado pela equipe paulista em outubro do ano passado, após a dispensa de Guerrinha, ele leva um ingrediente a mais para apimentar a rivalidade. Como jogador (atuava como ala-armador), faturou títulos marcantes com as cores do Vasco. Um foi o Brasileiro de 2000, contra o Fla.

– A rivalidade sempre existirá. É sadia para o basquete, Mas, ao mesmo tempo, Neto e eu nos respeitamos. Daqui a 10 dias, estaremos juntos em busca de um sonho. Sei separar – falou Demétrius, de 42 anos.

Ambos ainda concorrem ao Troféu Ary Vidal, de melhor técnico da temporada, com Alberto Bial (Basquete Cearense). O vencedor será conhecido terça-feira, em São Paulo.

BATE-BOLA
José Neto - Técnico do Flamengo ao LANCE!

Nós não podemos desprezar o que eles fizeram nos últimos quartos’

LANCE!: O Demétrius tem um histórico de títulos com o Vasco. Este é mais um motivo para ganhar?
José Neto: Não vejo tanto assim, pois, como técnico, ele já fez muita coisa. Está exercendo outra função. Às vezes, as pessoas colocam uma rivalidade por essa questão, mas não acho que tem. Eu o vejo como um dos grandes técnicos basquete. Respeito total.

L!: Como o Fla chega para o jogo?
J.N.: Cada campeonato foi construído de uma maneira. Este foi muito duro. Felizmente, conquistamos a chance de decidir o título na nossa casa, graças à boa campanha que fizemos na primeira fase.

L!: Na série, o Bauru conseguiu tirar grande diferenças no último quarto, e o Flamengo cedeu. Teme que isso aconteça novamente?
J.N.: Este é um dado importante que nós não podemos desprezar. Já vimos o que erramos e o que acertamos. Assim como eles conseguiram tirar a diferença, também já haviam tentado fazer o mesmo em outras ocasiões e nós fomos bem. Se repetir, que acabe com a gente ganhando. Estamos preparados para lidar com isso.

BATE-BOLA
Demétrius - Técnico do Bauru, ao LANCE!

‘Viemos confiantes e preparados para todas as situações possíveis’

L!: Vencer o jogo quatro significou o que para o Bauru para este jogo?
Chegamos muito confiantes, sabendo que a equipe tem evoluído jogo a jogo, o que nos dará uma motivação a mais para a partida. Será equilibrado. Estamos preparados para todas as situações de jogo possíveis.

L!: Você tem a chance de levar mais um título em cima do Flamengo, agora como técnico. Que lembranças tem da passagem pelo Vasco?
D: Tenho uma lembrança muito positiva. Fiz o que poucos conseguirão, que é disputar um Mundial, jogar contra uma equipe da NBA (o Vasco perdeu a McDonald's Championship para o San Antonio Spurs, em 1999). Foi algo histórico. A Liga Sul-Americana e os Brasileiros também, um em cima do COC e outro do Flamengo. Vou guardar para o resto da vida.

L!: O que achou da convocação do Magnano e o que espera no Rio?
D: É um grupo que vem ganhando experiência ano a ano. Em termos de maturidade, chega no auge. Não tenho dúvida de que chegará preparado.

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