Paulo Wanderley rebate críticas por queda no quadro nas Olimpíadas de Paris: ‘Isso é derrota?’
Atual presidente do COB, candidato à reeleição exalta resultados da sua gestão
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A delegação brasileira obteve o maior número de medalhas da sua história nas Olimpíadas de Tóquio (21). Três anos depois, em Paris, teve o segundo melhor desempenho, com um pódio a menos. Os dois resultados aconteceram durante a gestão de Paulo Wanderley, que quer se reeleger nesta quinta-feira (3). Em entrevista exclusiva ao Lance!, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) rebateu as críticas por não ter melhorado a marca de uma edição para a outra. Assista à conversa na íntegra acima.
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— Nós entregamos, nessa gestão, as duas melhores campanhas em Jogos Olímpicos: Tóquio e Paris. Foram as duas melhores de toda a história do movimento olímpico, em quatro eventos que foram organizados (Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos), nós saímos melhor do que antes, em três muito melhor — iniciou o dirigente.
— Aí veio Paris, uma medalha faz a diferença, mas eu tenho que lembrar que no passado, no mundo distante, o Brasil nem ganhava medalha em Jogos, eram duas medalhas, uma medalha, teve Olimpíada que o Brasil não ganhou uma medalha de ouro, que foi em Sydney-2000. Então nós estamos discutindo, avaliando para baixo o resultado de uma medalha de diferença — continuou.
— A Olimpíada de Paris foi melhor do que a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016, que foi realizada em casa, com todas as facilidades, onde os atletas não precisavam passar por processos classificatórios, todos podiam entrar, foi a maior delegação do país, nunca mais vai acontecer isso. Fomos melhores do que no Rio de Janeiro, e fomos o segundo melhor resultado de todos os tempos. Isso é derrota? Não é derrota, isso foi um bom resultado — completou.
Apesar de ter conquistado apenas uma medalha a menos em Paris, o Brasil caiu oito colocações no quadro em relação a Tóquio — de 12º lugar em uma edição para 20º na seguinte. O motivo foi o baixo número de ouros, apenas três — no Japão, foram sete.
Paulo Wanderley garante que, se eleito, terá como meta evoluir nos Jogos de Los Angeles, em 2028. No entanto, o dirigente citou que esse objetivo passa por “variáveis incontroláveis”.
— Superar (é a meta), como sempre eu disse, sempre superar, sempre avançar, então estamos trabalhando para isso, suas circunstâncias, contingência, competição, enfim. Tem variáveis incontroláveis, não depende da gente, mas o que for possível controlar… Fizemos suporte às confederações, o apoio aos atletas, contratação de técnico quando a confederação solicitava, porque nós trabalhávamos em conjunto, treinamento no exterior. ‘Precisa treinar em tal país, porque lá estão as melhores equipes’, ok, vai para lá treinar. ‘Preciso contratar um técnico para dar suporte aqui’, contrato técnico. Todos os caminhos foram realizados, foram concretizados, com o objetivo de performar — afirmou.
— Performar é agora, é o momento. Tem coisa que não se controla, enfim, mas eu não estou triste com esse resultado (em Paris), porque foi o segundo melhor resultado de toda a história. É um bom resultado — opinou o candidato à reeleição.
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Como funciona a eleição do COB?
Paulo Wanderley concorrerá contra Marco La Porta, que foi seu vice-presidente durante boa parte da gestão. O mandatário do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é eleito através de votação da Assembleia Geral, composta por pessoas jurídicas associadas à entidade, representantes da Comissão de Atletas do COB e membros brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI).
A eleição acontecerá no próximo dia 3 de outubro, no Centro de Treinamento da entidade, no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Entrevista exclusiva com Marco La Porta
O Lance! também conversou com Marco La Porta. Assista à entrevista exclusiva abaixo.
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