Presidente do Comitê Olímpico do Japão é indiciado por corrupção
Tsunekazu Takeda é acusado de ter influenciado o apoio de países africanos à escolha de Tóquio como sede das Olimpíadas de 2022; mandatório nega qualquer ilegalidade
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Tsunekazu Takeda, presidente do Comitê Olímpico japonês desde 2001, foi indiciado pelo escritório de crimes financeiros da França por corrupção ativa por supostamente ter aliciado membros de comitês olímpicos de países africanos para votarem em Tóquio como sede dos Jogos Olímpicos em 2020 em vez de Instambul, na Turquia, e Madri, capital da Espanha.
De acordo com o jornal "Le Monde", Tsunekazu Takeda foi acusado no último dia 10 de dezembro por ter depositado a quantia de 1,8 milhão de euros (R$ 7,6 milhões de reais, na cotação atual) para a Black Tidings, uma empresa ligada a Papa Massata Diack, um dos filhos de Lamine Diack, ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), que também está sendo investigado por questões de corrupção pelos membros da instituição francesa, e que isso influenciou nos apoios dos africanos à escolha de Tóquio como sede.
Takeda, por sua vez, se defendeu das acusações por meio de um comunicado, afirmando que o dinheiro pago à Black Tidings é legítimo por ele ter requerido um serviço da empresa no passado, que, inclusive, possui consultoria entre as duas partes, negando qualquer tipo de irregularidade. Além disso, o japonês afirmou que nunca conversou com Lamine Diack.
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- O caso está causando uma enorme preocupação entre as pessoas que estão apoiando os Jogos de Tóquio, mas vou continuar a cooperar na investigação, a fim de esclarecer qualquer suspeita de mim - afirmou.
- Eu expliquei (para as autoridades franceses) que não houve nenhum tipo de atividade ilegal financeira equivalente à suborno - afirmou o japonês.
O Comitê Olímpico Japonês, por sua vez, afirmou que conduziu sua própria investigação interna e não achou nenhum tipo de ilegalidade no processo que resultou na escolha de Tóquio como próxima sede dos Jogos Olímpicos, indicando que todos os pagamentos feitos pela instituição são legais.
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