Red Bull explica dilema entre janela de acerto e potencial do RB21 na Fórmula 1
Diretor-técnico indica que equipe deve optar pelo máximo potencial do carro
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A Red Bull ainda tem um dilema na concepção do RB21, carro que vai disputar a temporada 2025 da Fórmula 1. O time discute ter o maior potencial possível do modelo ou uma janela maior de trabalho durante os finais de semana. O diretor-técnico da equipe de Milton Keynes, Pierre Waché, explicou o que isso pode interferir no campeonato deste ano, mas que a tendência é seguir o caminho da primeira opção.
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Para o dirigente da Red Bull, o mundo ideal seria ter uma margem maior para encontrar o ajuste ideal, mas explicou que quanto maior é essa janela, menor é o potencial máximo do carro de Fórmula 1. Portanto, Waché acredita que encontrar o ponto mais alto desse carro deve ser prioridade, mesmo que isso complique o trabalho dos engenheiros ao longo dos finais de semana.
“É claro que gostaria disso (ter uma margem maior de acerto ideal), seria um sonho, mas o potencial máximo do carro diminui se aumentar essa janela. Se olhar o carro das outras equipes e como correm, eles são incrivelmente rígidos. No geral, queremos um modelo que seja mais rápido, não um que seja lento por conta dessa margem de trabalho”, disse o dirigente da Red Bull em entrevista ao site "Motorsport".
![Max Verstappen, piloto da Red Bull Fórmula 1 no GP do Qatar 2024 (Foto: Giuseppe Cacace/AFP)](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,quality=75,format=webp/uploads/2024/11/max-verstappen-red-bull-formula-1-qatar-2.jpg)
“O ideal seria ter uma margem adequada para cada circuito e poder se antecipar a isso. Se pode conseguir isso, por qual razão aumentar a janela de trabalho e diminuir o potencial do carro? Queremos ser mais rápidos com relação aos demais. Não vou baixar o potencial máximo do carro para que seja mais fácil do ponto de vista da operação. Baixaria para que fosse mais fácil para os pilotos, não auxiliar os engenheiros”, completou.
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Waché relembrou a jornada nas últimas duas temporadas. Em 2023, a Red Bull venceu 21 das 22 corridas. Não venceu no GP de Singapura, onde a natureza do RB19 não contribuía para o desempenho na pista altamente ondulada. A abordagem para 2024 mudou, mas a equipe se perdeu no meio da temporada. Começou muito bem, viveu um jejum de dez corridas sem vitórias com Max Verstappen, mas voltou a recuperar o desempenho perdido durante a parte final do certame, com o neerlandês vencendo no Brasil e no Catar.
“O mais importante é sempre buscar formas de fazer o carro mais rápido garantindo que os pilotos possam extrair tudo dele. Mostramos em 2023 que tivemos a abordagem correta. O ano passado nos ensinou que não estávamos no caminho certo. Temos de encontrar um meio termo entre o equilíbrio de um carro e potencial máximo dele. É a questão a resolver para a próxima temporada”, encerrou o diretor-técnico da Red Bull.
A Fórmula 1 se aproxima do retorno das férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14, 15 e 16 de março.
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