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Russell brilha com uma parada e vence GP da Bélgica em 1-2 da Mercedes; Verstappen é 5º

Inglês foi heroico e contrariou toda a lógica ao vencer o GP da Bélgica

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Russell venceu pela terceira vez na carreira (Foto: JOHN THYS / AFP)

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Em uma estratégia ousada, mas que se provou brilhante, George Russell venceu o GP da Bélgica de Fórmula 1, realizado neste domingo (28). Com apenas uma parada no longo e desgastante circuito de Spa-Francorchamps, o #63 resistiu com maestria e conduziu uma heroica dobradinha da Mercedes com Lewis Hamilton. Oscar Piastri completou o pódio.

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Desde a classificação, com a pole-position totalmente inesperada de Charles Leclerc, Spa-Francorchamps preparou um final de semana para contrariar qualquer lógica. Era óbvio desde os treinos livres que o melhor ritmo de corrida pertencia à McLaren, portanto não haveria dificuldades para que Lando Norris e Piastri entrassem na briga pela vitória.

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Era lógico também que Max Verstappen, de motor novo e um carro bem acertado para o veloz circuito belga, facilmente escalaria o pelotão mesmo partindo de 11º e surgiria como um player na disputa do pódio. O mesmo valia para Sergio Pérez, um natural candidato à vitória com o segundo lugar no grid.

O que ninguém esperava era que a Mercedes fosse dar o bote, primeiro com um ritmo de corrida muito forte, mas também com uma tática maluca e impressionantemente assertiva de Russell, com apenas uma parada. A ideia veio quando o piloto percebeu que daria para poupar a borracha até o fim, e o time de Brackley resolveu confiar no feedback do #63.

Hamilton, no entanto, vinha logo atrás com borracha mais nova, portanto segurar a liderança seria um verdadeiro milagre para George. E ele foi heroico, recebendo a bandeirada em primeiro com 0s5 de vantagem sobre Lewis.

Charles Leclerc foi o quarto, com Verstappen arrancando um quinto lugar. Lando Norris, em largada desastrosa, foi apenas o sexto, com Carlos Sainz, Sergio Pérez, Fernando Alonso e Esteban Ocon completando o top-10.

A Fórmula 1 agora faz a tradicional pausa para as férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

Confira como foi a corrida da F1 em Spa-Francorchamps:

Com chance zero de chuva depois de uma classificação disputada em pista molhada, a Fórmula 1 alinhou para a disputa das 44 voltas da corrida belga com 21°C de temperatura ambiente, 40°C de asfalto e umidade relativa do ar em 52%. O cenário, na verdade, já era esperado, tanto que a McLaren apostou no acerto para pista seca, surgindo favorita mesmo partindo de quarto e quinto com Norris e Piastri, respectivamente.

À frente dos carros laranjas, três pilotos que apostaram alto na classificação para embaralhar a disputa, Hamilton, Pérez e Leclerc — o monegasco, aliás, em uma pole surpreendente, longe de ter nas mãos o carro ideal para o veloz circuito de Spa.

Era de se esperar, portanto, que Leclerc resistisse pouco na liderança ao apagar da luzes, mas o #16 foi combativo e segurou a liderança de início, enquanto Pérez teve de se defender de um ousado Hamilton na freada da La Source. O #44, no entanto, saiu melhor e completou o movimento na subida da Eau Rouge. Já Piastri seguiu a linha de Hamilton e prevaleceu sobre Norris, que ainda colocou a roda na brita e despencou para sétimo.

Cumprindo o script, Verstappen fechou o primeiro giro no top-10 e conquistou mais duas posições na sequência. Na abertura da volta 3, tinha Norris agora na alça de mira, ao mesmo tempo que Hamilton se valia do carro muito melhor que o de Leclerc e assumia a liderança com facilidade na Kemmel.

Até então, o top-10 era formado por Hamilton, Leclerc, Pérez, Piastri, Russell, Sainz, Norris, Verstappen, Alonso e Albon. Destes, apenas Sainz havia apostado nos duros para o primeiro stint, enquanto o demais calçaram os médios, seguindo a estratégia convencional da Pirelli.

AUTO-PRIX-F1-BEL GP Bélgica
(Foto: JOHN THYS / AFP)

Piastri, então, mostrou o bico do carro para Pérez, porém o mexicano conseguiu escapar o suficiente para impedir o australiano de usar do DRS. Leclerc, por sua vez, resistia em segundo, não deixando Hamilton escapar muito e também bloqueando uma eventual aproximação do #11 da Red Bull.

Na turma do fundão, fim de prova para Guanyu Zhou, aparentemente por problema hidráulico, enquanto Hülkenberg partia para a primeira troca com apenas oito voltas completadas. Só que Albon, Ricciardo e Sargeant também foram no embalo, dando indícios de um desgaste de pneus mais excessivo que o esperado.

Para Hamilton, contudo, a borracha ainda se comportava da forma esperada depois de dez voltas. Acontece que as trocas dos ponteiros começaram no giro seguinte, com Russell e Verstappen agora partindo para o segundo stint com os duros.

O líder Hamilton também se dirigiu para a primeira troca no final da volta 12 e foi a deixa para o movimento intenso nas garagens, com Pérez e Piastri seguindo o piloto da Mercedes. A Ferrari, então, assumiu momentaneamente a dobradinha, com Leclerc à frente de Sainz, porém o monegasco logo entrou e deixou o caminho livre para o companheiro de equipe experimentar o gosto da liderança.

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(Foto: JOHN THYS / AFP)

Ao mesmo tempo, a disputa era ferrenha entre Pérez e Piastri pelo sexto lugar, com Russell também muito próximo. Por dentro na Kemmel, o #81 contornou a primeira perna da Les Combes com facilidade à frente do mexicano — que retornou para a segunda perna da prova também de médios, ao contrário dos principais adversários.

Dentro da previsão da Pirelli, a chamada de Norris para o pit-stop veio no final da volta 15, e o trabalho da McLaren foi digno: 2s3, bem melhor que o da Red Bull com Verstappen, por exemplo, só que o britânico tomou um undercut lógico de Max e ainda voltou 5s atrás.

Enquanto isso, Sainz, de duros e sem parada, seguia tranquilo na liderança e com um ritmo surpreendentemente bom, 5s7 à frente de Hamilton, que levava apenas 1s3 para Leclerc. Piastri, Pérez, Russll, Verstappen, Norris, Albon e Ricciardo fechavam momentaneamente o top-10.

Volta 20, e enfim Sainz parava, enquanto Hamilton reassumia a liderança. Na pista, em bela manobra, Russell mergulhava por fora na Kemmel e tomava o quarto posto de Pérez. E Verstappen, a 0s4 de distância, nem precisou fazer nenhum esforço, já que os taurinos chamaram o mexicano para a segunda troca, agora calçando-o com os duros para, teoricamente, ir até o fim.

A questão para o líder do Mundial é que Norris, de fato, conseguiu tirar na pista a desvantagem e entrou na detecção da asa móvel na volta 24. Só que a tentativa de ultrapassagem não foi tão simples assim, com Max usando e abusando da pilotagem defensiva, para desespero do #4.

Volta 26, e novo pit-stop para Leclerc, só que a parada em 3s4 dificultou a possibilidade de um undercut sobre Hamilton. A Mercedes, então, fez certinho e trouxe o heptacampeão para a segunda troca de pneus, em 2s4, devolvendo-o à pista ainda à frente de Charles.

Russell, então, com um pneu duro de 15 voltas, resolveu ousar ao cogitar a possibilidade de ir até o fim. Paralelo a isso, Sainz, com apenas sete giros completados com o segundo jogo, trouxe o carro novamente para os pits, assim como Verstappen. No realinhamento, oitava posição para o espanhol, logo atrás do taurino.

Volta 30, e Norris foi chamado para a segunda parada, retornando em sétimo, entre Verstappen e Sainz. Piastri, por sua vez, seguida na liderança, enquanto Pérez, sem qualquer cerimônia, abria para o companheiro seguir em busca de descontar o prejuízo.

Oscar entrou na volta 31, mas a parada quase foi um desastre porque o piloto chegou com muita sede ao pote e por pouco não atropelou o mecânico responsável por subir a frente do carro com o cavalete. Foram 4s4 perdidos, Piastri voltou atrás de Leclerc e com ritmo bom o bastante para entrar na briga pelo pódio.

Enquanto isso, a diferença entre Russell, na liderança, e Hamilton, em segundo, sustentava-se em 5s, até que o #44 começou a fazer o que já era esperado: descontar décimo por décimo até se colocar na zona de detecção da asa móvel a duas voltas do fim.

E não foi por tentativa, mas era dia de Russell vencer de verdade, sem circunstâncias extras. Belíssimo trabalho, portanto, do britânico, que mostra na prática a Toto Wolff que tem todas as condições de liderar a equipe alemã após a partida de Hamilton para a Ferrari.

AUTO-PRIX-F1-BEL GP Bélgica
(Foto: SIMON WOHLFAHRT / AFP)

F1 2024, Bélgica, Spa-Francorchamps, final:

1 G RUSSELL Mercedes 44 voltas
2 L HAMILTON Mercedes +0.526
3 O PIASTRI McLaren Mercedes +1.173
4 C LECLERC Ferrari +8.549
5 M VERSTAPPEN Red Bull RBPT Honda +9.226
6 L NORRIS McLaren Mercedes +9.850
7 C SAINZ JR Ferrari +19.795
8 S PÉREZ Red Bull RBPT Honda +43.195
9 F ALONSO Aston Martin Mercedes +49.963
10 E OCON Alpine +52.552
11 D RICCIARDO RB Honda +54.926
12 L STROLL Aston Martin Mercedes +63.011
13 A ALBON Williams Mercedes +63.651
14 P GASLY Alpine +64.365
15 K MAGNUSSEN Haas Ferrari +66.631
16 V BOTTAS Sauber Ferrari +70.638
17 Y TSUNODA RB Honda +76.737
18 L SARGEANT Williams Mercedes +86.057
19 N HÜLKENBERG Haas Ferrari +88.833
G ZHOU Sauber Ferrari 39 voltas NC

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