São Silvestre: brasileiros pedem união para quebrar jejum de vitórias
Brasil não vence a prova desde 2010, com Marílson dos Santos
- Matéria
- Mais Notícias
A Corrida Internacional de São Silvestre, que chega à sua 99ª edição nesta terça-feira, 31 de dezembro, é mais do que uma tradição do atletismo brasileiro. É também um desafio que há anos testa a capacidade dos atletas nacionais diante do domínio queniano. Desde a internacionalização da prova em 1945, os quenianos acumulam 17 vitórias no masculino e 18 no feminino, enquanto os brasileiros somam 11 títulos no masculino e 5 no feminino.
Relacionadas
➡️ Corrida de São Silvestre: veja horário e onde assistir ao vivo na TV
O jejum de vitórias nacionais, no entanto, já dura mais de uma década. O último triunfo masculino foi de Marílson Gomes dos Santos, em 2010, enquanto no feminino, Lucélia Peres venceu pela última vez em 2006. Mesmo assim, os atletas brasileiros estão confiantes para esta edição e apostam em uma combinação de esforço individual e possível união futura para reverter o quadro.
A preparação dos brasileiros tem sido feita de maneira individual, algo que muitos atletas apontam como uma possível barreira para competir de igual para igual com os quenianos. Mesmo sem a preparação conjunta ideal, o espírito de competitividade segue vivo. Para Fábio de Jesus Correia, o importante é dar o máximo na prova.
— Cada um treina para um lado, não tem essa união. Os estrangeiros treinam em grupo. Aqui uns treinam separados. Prova é prova, treino é treino. Desejo boa prova a todos. Todos estão preparados. Quem não quer subir no pódio da São Silvestre? Acredito muito nos brasileiros — explicou Fábio, o qual foi o brasileiro mais bem colocado na prova em 2022, quando foi quarto.
Segundo eles, o trabalho em grupo é o grande diferencial dos adversários africanos, como destacou Kleidiane Barbosa Jardim.
— Essa briga é uma briga bem sadia. Temos muita amizade fora da corrida. Logicamente que na disputa, cada um tem seu objetivo e vai fazer sua estratégia de prova. Vai ser ótimo. É importante a gente se ajudar. Temos que fortalecer nossos atletas brasileiros, como os quenianos fazem — pediu a corredora, atual campeã da Corrida de Reis.
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Para Ederson Vilela, o treinamento conjunto poderia trazer benefícios significativos no futuro. Ele sugere que os atletas brasileiros sigam o exemplo dos quenianos.
— Infelizmente, não conseguimos nos preparar juntos. Fica uma sugestão para o próximo ano, quem sabe conseguimos colocar os brasileiros juntos para treinar. É uma grande chance de resultados melhores. Todos estão bem preparados. Se estamos aqui, é porque temos condições.
Essa ideia é reforçada por Johnatas de Oliveira, que teve a oportunidade de treinar no Quênia e ressaltou a importância do trabalho coletivo.
— O nível deles se sobressai porque o trabalho em grupo faz toda diferença. Ano passado, evoluí muito treinando no Quênia. Para conseguir ganhar a São Silvestre, é preciso treinar mais em grupo e chegar na prova ajudando. Este ano a gente deu uma moldada e acredito que temos grandes chances de subir no pódio — explicou o corredor, que foi sexto na São Silvestre 2023.
A emblemática corrida de rua reunirá mais de 37 mil participantes para um percurso de 15 km pelo centro de São Paulo. A largada acontecerá na Avenida Paulista, entre as ruas Frei Caneca e Augusta, enquanto a linha de chegada estará localizada na mesma avenida, em frente ao edifício da Fundação Cásper Líbero.
A dificuldade do percurso é outro ponto de atenção para os brasileiros. Conhecido por sua exigência técnica, especialmente na subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Apesar disso, a confiança dos brasileiros segue alta.
— Muito feliz por estar aqui nesse momento. Tenho certeza que vai ser uma ótima São Silvestre. Fiz uma ótima preparação e vamos buscar. Acredito que é possível o pódio, ser a melhor brasileira. Vou lutar com todas as minhas forças, e será um grande dia, tenho certeza — afirmou Núbia de Oliveira Silva, reforçando o otimismo com uma boa prova.
A programação da prova terá início às 7:25min, com os cadeirantes. Depois, na sequência, largam a elite feminina (7:40) e a elite masculina (8:05), os pelotões Premium, Cadeirantes com Guia e o Pelotão Geral, subdividido em três grandes bolsões, identificados pelas cores azul, verde e vermelho.
Eles esperam, no último dia de 2024, transformar seus esforços e estratégias em resultados, colocando novamente o Brasil no lugar mais alto do pódio.
Tudo sobre
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias