São Silvestre: brasileiros revelam estratégia para vencer a prova
Brasil não vence a prova há 13 anos
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A 99ª edição da São Silvestre, marcada para esta terça-feira, 31, promete ser um grande desafio para os corredores brasileiros. Para voltar a vencer a prova, os atletas brasileiros apostam em estratégias diversificadas. Cada detalhe foi pensado para enfrentar a exigente competição, marcada por trechos desafiadores e um ritmo intenso desde o início.
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Muitos corredores optaram por treinar em altitude, buscando um aumento na capacidade aeróbica. Mirella Saturnino, que passou 30 dias na Colômbia, destacou os benefícios do treinamento.
— Treinar na altitude melhora o pulmão e a resistência. Mas não basta isso, é preciso manter a disciplina na alimentação e no descanso. Na Colômbia, tivemos todo o suporte, e agora o foco é fazer uma boa prova, cuidando do corpo e da mente para estar 100% no dia — explicou.
A alimentação aparece como um elemento central na preparação dos brasileiros. Mirella explica a estratégia usada nos dias que antecedem a prova.
— A alimentação precisa ser estratégica: salada, massa, frango e, no dia da prova, apenas banana, maçã e suplemento proteico. Sem isso, o corpo não responde bem — completou a corredora de 33 anos.
Com o maior número de atletas nacionais na elite da prova – 48 homens e 37 mulheres –, há esperança de que o jejum de vitórias, que já dura 13 anos, acabe. O último triunfo masculino foi de Marílson Gomes dos Santos, em 2010, e no feminino, Lucélia Peres venceu pela última vez em 2006.
A estratégia de ritmo é outro fator decisivo. Núbia de Oliveira Silva compartilha seu plano para a prova.
— Meu objetivo é seguir o grupo e encaixar o ritmo ideal. Acredito que, para vencer, o pace precisa estar entre 3:25 e 3:27 por quilômetro — afirma, deixando claro que não pode deixar o pelotão com as atletas quenianas desgarrar.
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Kleidiane Barbosa, outro destaque da competição, reforça a importância de controlar o ritmo e se preparar para as condições climáticas.
— No calor da largada, é fácil sair do ritmo planejado. Isso pode custar caro no final. Preciso manter o pace programado, na casa dos 3:26 por quilômetro, que me coloca em um bom tempo para chegar ao pódio.
Johnatas de Oliveira, que teve a oportunidade de treinar no Quênia, observou como os corredores africanos costumam decidir a prova.
— A São Silvestre é peculiar, com descidas rápidas, níveis oscilantes e subidas intensas. Treinei descida para acostumar os músculos e subida para manter o ritmo. Esse equilíbrio será fundamental. Eles guardam energia para o final. Por isso, é crucial chegar inteiro nos últimos 3 km – finalizou o corredor, que foi sexto colocado na prova do ano passado.
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