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São Silvestre: brasileiros revelam estratégia para vencer a prova

Brasil não vence a prova há 13 anos

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imagem cameraKleidiane Barbosa, Mirela Saturnino e Núbia Oliveira (Foto: Gabriel Pereira/Divulgação)
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Thiago Braga
São Paulo (SP)
Dia 30/12/2024
18:26

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A 99ª edição da São Silvestre, marcada para esta terça-feira, 31, promete ser um grande desafio para os corredores brasileiros. Para voltar a vencer a prova, os atletas brasileiros apostam em estratégias diversificadas. Cada detalhe foi pensado para enfrentar a exigente competição, marcada por trechos desafiadores e um ritmo intenso desde o início.

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➡️ São Silvestre: ex-gari pode encerrar jejum do Brasil na prova

Muitos corredores optaram por treinar em altitude, buscando um aumento na capacidade aeróbica. Mirella Saturnino, que passou 30 dias na Colômbia, destacou os benefícios do treinamento.

— Treinar na altitude melhora o pulmão e a resistência. Mas não basta isso, é preciso manter a disciplina na alimentação e no descanso. Na Colômbia, tivemos todo o suporte, e agora o foco é fazer uma boa prova, cuidando do corpo e da mente para estar 100% no dia — explicou.

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A alimentação aparece como um elemento central na preparação dos brasileiros. Mirella explica a estratégia usada nos dias que antecedem a prova.

— A alimentação precisa ser estratégica: salada, massa, frango e, no dia da prova, apenas banana, maçã e suplemento proteico. Sem isso, o corpo não responde bem — completou a corredora de 33 anos.

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Com o maior número de atletas nacionais na elite da prova – 48 homens e 37 mulheres –, há esperança de que o jejum de vitórias, que já dura 13 anos, acabe. O último triunfo masculino foi de Marílson Gomes dos Santos, em 2010, e no feminino, Lucélia Peres venceu pela última vez em 2006.

A estratégia de ritmo é outro fator decisivo. Núbia de Oliveira Silva compartilha seu plano para a prova. 

— Meu objetivo é seguir o grupo e encaixar o ritmo ideal. Acredito que, para vencer, o pace precisa estar entre 3:25 e 3:27 por quilômetro — afirma, deixando claro que não pode deixar o pelotão com as atletas quenianas desgarrar.

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Kleidiane Barbosa, outro destaque da competição, reforça a importância de controlar o ritmo e se preparar para as condições climáticas.

— No calor da largada, é fácil sair do ritmo planejado. Isso pode custar caro no final. Preciso manter o pace programado, na casa dos 3:26 por quilômetro, que me coloca em um bom tempo para chegar ao pódio.

Johnatas de Oliveira, que teve a oportunidade de treinar no Quênia, observou como os corredores africanos costumam decidir a prova. 

— A São Silvestre é peculiar, com descidas rápidas, níveis oscilantes e subidas intensas. Treinei descida para acostumar os músculos e subida para manter o ritmo. Esse equilíbrio será fundamental. Eles guardam energia para o final. Por isso, é crucial chegar inteiro nos últimos 3 km – finalizou o corredor, que foi sexto colocado na prova do ano passado. 

São Silvestre 2024
Johnatas de Oliveira em coletiva para a São Silvestre 2024 (Foto: Gabriel Pereira/Divulgação)

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