São Silvestre: ex-gari pode encerrar jejum do Brasil na prova
Fábio de Jesus Correia foi quarto colocado da prova em 2022
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Há 13 anos nenhum atleta brasileiro conquista a São Silvestre. A tradicional prova, que chega à sua 99ª edição nesta terça-feira, 31 de dezembro, tem visto um domínio estrangeiro nos últimos anos. Mas um brasileiro que treina nas ruas de São Paulo espera quebrar essa escrita neste ano.
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Natural de Monte Santo, município da região do sertão baiano, Fábio de Jesus Correia trabalhou como coletor de lixo até fevereiro de 2023. Morador de Itaquera, bairro da zona leste da capital paulista, Fábio treinava na região de dia e à noite, quando recolhia lixo pelo bairro de Guaianases.
— Hoje eu só vivo da corrida, graças a esses que me apoiam, de modo geral, como a Adidas, o Exército Brasileiro, a Polpanorte, aqueles que pagam minha conta. O Ki Atleta, que é uma assessoria esportiva, e tem outra, tem a Move, que tratou da minha lesão. E das provas também que eu entro, as provas que eu entro, e hoje eu só vivo do atletismo, depois da São Silvestre em 2022, foi o ponto principal, foi ela que me fez sair do trabalho e, graças a Deus, estou aqui e estamos seguindo firme e forte — contou Fábio ao Lance!. Em 2022, ele foi o brasileiro mais bem colocado, conquistando a quarta posição.
![Fábio de Jesus Correia na São Silvestre 2024](https://lncimg.lance.com.br/cdn-cgi/image/width=850,quality=75,format=webp/uploads/2024/12/WhatsApp-Image-2024-12-30-at-15.40.15.jpeg)
Fábio foi descoberto em 2016, na 8ª Corrida da Paz Troféu Ivanildo Dias, competição promovida por Toninho Carlos, coordenador do projeto Ki Atleta, que o trouxe para São Paulo.
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No início deste mês, Fábio conquistou o bicampeonato da Volta Internacional da Pampulha. Neste ano ele também venceu a meia maratona no Campeonato Sul-Americano de corridas de rua e foi vice na meia maratona do Rio de Janeiro. Mesmo assim ele não enxerga favoritismo.
— Tem muitos atletas brasileiros muito preparados, como muitos saíram do Brasil para treinar na altitude. Mas está na mão de Deus, o que Deus preparar para mim, serei grato, ou primeiro, ou que não seja, que eu não suba no pódio, é o que Ele prepara para mim. E vamos continuar trabalhando, agradeço a todos que torcem pelo Fábio Jesus aí, todos falam que querem me ver no pódio. Essa é a grande vontade, a gente estar ali naquele pódio mais alto, acho que é o sonho de todo brasileiro, estar ali, né? Fácil não vai ser, mas é o que a gente vai fazer. A gente vai brigando ali com eles [estrangeiros] — comentou Fábio.
De hoje até a manhã desta terça-feira, 31, quando vai correr a prova, Fábio pensa em como vai fazer para estar no lugar mais alto do pódio.
— Eu vou com eles até, acredito, até os 10 quilômetros. E depois dali eu vou começar a atacar. Essa é a estratégia que a gente está pensando. Pode ser que eu reaja lá antes, dependendo do ritmo que a prova tiver, se eles [os quenianos] estiverem segurando o ritmo. Pode ter certeza que eu vou dar o meu melhor, em busca de um bom resultado e, quem sabe, ser campeão — disse Fábio, deixando claro que não pode deixar os quenianos abrir vantagem para poder sonhar em vencer a prova.
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