São Silvestre: por que os quenianos dominam a prova?
Mais uma vez a São Silvestre teve a dominância queniana na prova desta terça-feira (31)
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Mais uma vez, os quenianos dominaram a prova da São Silvestre, que é realizada todos os anos em São Paulo, no último dia do ano. Os nomes desta edição de 2024 foram Wilson Too, na prova masculina, e Agnes Keino, na feminina. Esta foi a 99º edição da corrida mais tradicional do Brasil.
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Os atletas do Quênia tem um longo histórico na São Silvestre. Este país é o mais vencedor. Na etapa masculina, eles possuem 118 vitórias, enquanto a feminina, 19. E aproveitando este momento, o Lance! te explica os possíveis motivos dos quenianos dominarem grande parte das corridas.
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Genética
Os atletas africanos têm alguns genes que podem ser relacionados à boa corrida, como o controle a circulação e respiração. No entanto, pesquisas que investigam o assunto, como um artigo da revista científica norte-americana “PLOS ONE” (Genetic differentiation in East African ethnicities and its relationship with endurance running success, em português “Diferenciação genética em etnias da África Oriental e sua relação com o sucesso em corridas de resistência”) afirma que é um argumento bem raso querer justificar a performance desses atletas olhando apenas para o microscópio.
Além disso, é preciso ter cuidado neste discurso, para não reforçar esteriótipos raciais. Há genética envolvida, no entanto, é muito além disso.
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Biomecânica
Estudos que já observaram o movimento dos quenianos na corrida apontam que existem diferenças na passada. No entanto, nenhuma que realmente justifique muita diferença na velocidade. A única e melhor evidência científica neste assunto mostra o tendão da panturrilha maior em relação a outros atletas. Mas, de novo.
Fatores externos: a sociedade
O desempenho na corrida vem de um conjunto de diversos fatores. Um dos mais importantes e pouco comentados é a sociedade em que esses atletas nascem e vivem. Assim como no Brasil, onde as pessoas são influenciadas a gostar de futebol, o mesmo acontece no Quênia, mas com a corrida.
Além disso, a influência socioeconômica que a corrida gera na vida de países africanos. Para muitas pessoas, a única forma de atingir uma ascensão social e financeira é correndo bem.
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Não há apenas uma resposta
O sucesso dos quenianos nas corridas não tem uma resposta e nem um único fator que determine o bom desempenho. Ainda não sabemos, entre tantos fatores, qual é o mais importante. Toda tentativa de olhar sob este assunto é bem didático. Neste caso, só resta admirar os atletas na pista.
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