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Sem medalhas, Brasil celebra número de finais no Mundial de atletismo

País passa em branco no torneio após duas edições, mas faz sua segunda melhor campanha na história no quesito pontos, atrás apenas da edição de Sevilha-1999

Darlan Romani
imagem cameraDarlan Romani ficou muito perto do pódio no arremesso de peso no Mundial (Foto: Wagner Carmo/CBAt)
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Doha (QAT)
Dia 06/10/2019
16:01

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O Brasil encerrou o Campeonato Mundial de atletismo, em Doha (QAT), sem medalhas. O país ao menos celebrou a sua segunda melhor campanha na história no quesito pontos. Foram oito finais nos dez dias de disputas.

– Faltou apenas uma medalha para ser brilhante. Tivemos resultados excepcionais e batemos na trave. Mostramos evolução e que estamos no caminho certo para os Jogos de Tóquio-2020. O Darlan Romani, o revezamento masculino e a Erica de Sena fizeram excelentes provas, o Thiago Braz voltou a saltar bem, apresentamos ao mundo o Alison dos Santos e o 4x100m feminino foi infeliz, cometeu um meio erro e acabou desqualificado – disse o presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo, Warlindo Carneiro da Silva Filho.

O treinador-chefe do Brasil, João Paulo Alves da Cunha, deu como exemplo o fato de a equipe ter somado 25 pontos na competição. Com isso, a campanha de Doha só perde para a do Mundial de Sevilha-1999, quando acumulou 26 pontos. Até o início da última etapa, neste domingo, o Brasil ocupava o 14º lugar entre os 62 países que pontuaram.

– Não veio a medalha, mas nossa participação foi excelente. Mostramos que temos atletas com chances reais de brigar por medalha em Tóquio e de ir para a final. Mostramos foco na evolução dos atletas – comentou João Paulo.

A prova do arremesso do peso masculina foi a mais forte da história dos Mundiais. Um exemplo disso é com os 22,53m obtidos por Darlan Romani no sábado, ele seria campeão em todas as 15 edições anteriores da competição. Em Doha, porém, acabou em quarto lugar, atrás dos norte-americanos Joe Kovacs, com 22,91m (recorde do torneio) e de Ryan Crouser, com 22,90m (recorde pessoal) e do neozelandês Tomas Walsh, também com 22,90m.

No revezamento masculino 4x100m, os brasileiros Rodrigo Nascimento, Vitor Hugo dos Santos, Derick de Souza e Paulo André de Oliveira quebraram no sábado o recorde sul-americano que durava 19 anos – desde a Olimpíada de Sydney-2000 –, com 37s72. Qualificado para a Olimpíada de Tóquio, o quarteto acabou em quarto lugar. Os Estados Unidos conseguiram a melhor marca da temporada, com 37s10, seguidos da Grã-Bretanha, com 37s36, e do Japão, com 37s43.

Cunha diz que o planejamento para os Jogos de Tóquio está bem encaminhado.

– A preparação se inicia em janeiro e fevereiro, com treinamento e competições indoor. Em março e maio, os campings de treinamento e competição, principalmente nos Estados Unidos, algumas provas específicas em outros locais, como maratona e marcha atlética, em altitude. E finalmente em junho e julho, praticamente com a equipe olímpica definida serão realizados campings de treinamento e competição na Europa, de onde já embarcamos para Saitama, no Japão – explicou João Paulo.

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Brasileiro é 19º na maratona

Disputada a um minuto para a meia noite de Doha, no sábado, Paulo Roberto de Almeida Paula foi o brasileiro mais bem colocado na maratona do Mundial. Na prova, realizada em circuito de 7 quilômetros montado na zona turística de Corniche, ele terminou em 19º lugar, com o tempo de 2h15m09s para os 42,195 km da prova. Wellington Bezerra da Silva, o Cipó, ficou em 49º (2h21m49s) e Vagner da Silva Noronha em 51º (2h26m11s). Um total de 79 corredores largaram, mas apenas 55 concluíram, dentre eles os brasileiros.

Dois etíopes ficaram com as primeiras posições. Lelisa Desisa ganhou a medalha de ouro, com 2h10m40s, sua melhor marca da temporada para a maratona. Desisa correu o tempo todo com o pelotão e definiu a prova com um sprint. O também etíope Mosinet Geremew (2h10m44s) ficou com a medalha de prata e o queniano Amos Kipruto (2h10m51s) com a de bronze.

O Brasil fez seis finalistas entre os oito melhores em Doha

4º - Erica de Sena – 20km de marcha atlética
4º - Darlan Romani – arremesso do peso
4º - Revezamento 4x100m masculino (com recorde sul-americano)
5º - Thiago Braz – salto com vara
6º - Fernanda Borges – lançamento do disco
7º - Alisson Santos – 400m com barreiras (com recorde sul-americano sub-20)
8º - Revezamento 4x400m misto

Dois finalistas (provas de campo) entre os 12 melhores
10º - Augusto Dutra – salto com vara
12º - Almir Cunha – salto triplo

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