SESC-RJ é campeão da Superliga B em casa
Com ginásio lotado, equipe carioca fez 3 a 0 sobre o Jaó/Universo e garantiu uma vaga na elite do vôlei na próxima temporada
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Dono de melhor campanha da Superliga B masculina, o SESC-RJ coroou a boa temporada com o título da competição, e, com isso, a vaga na elite do voleibol brasileiro. O time carioca bateu, na decisão, o Jaó/Universo (GO) por 3 sets a 0 (25/15, 25/20 e 25/23), em 1h27 de confronto no ginásio do Hebraica, no Rio de Janeiro (RJ), na tarde deste sábado. Montado em outubro de 2016, esta foi a primeira participação da equipe que culminou com o troféu após 12 vitórias em 13 jogos.
Até o momento da final o Jaó/Universo era o único time que havia derrotado o SESC-RJ. Apesar do histórico favorável, a equipe goiana sofreu com a potência dos saques adversários e encontrou muita dificuldade no passe e na virada de bola. Já os donos da casa tiveram bom volume defensivo e aproveitaram os contra-ataques para dominar a maior parte do jogo. O oposto Paulo Victor, destaque do time carioca na temporada e que já tem três títulos da Superliga no currículo, comemorou bastante a conquista.
- A vitória foi merecida. Treinamos pesado ao longo de muitos meses, antes mesmo de começarmos a temporada. E nessa última semana o nosso pensamento estava todo voltado para esta decisão. Estamos muito felizes por esse resultado. Eu sou um atleta profissional, estamos aqui para fazer o nosso melhor, então a felicidade de ser campeão é a mesma sendo a Superliga B, a C ou o campeonato do bairro. Para mim, é uma grande vitória, é uma felicidade imensa ter conquistado mais um título na minha carreira.
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Outro acostumado a títulos importantes é Giovane Gávio, treinador do SESC-RJ, que é bicampeão olímpico e campeão mundial como jogador, além de ter conquistado a Superliga como atleta e como treinador. Para Giovane a satisfação de conseguir chegar no lugar mais alto do pódio na Superliga B não é diferente das demais façanhas da carreira.
- Tínhamos uma tensão pois um resultado diferente do que tivemos aqui seria considerado um fracasso. Mas construímos esta vitória, não veio fácil. Fizemos um trabalho com muita dedicação. É sempre bom ganhar. Mesmo tendo passado por tantos momentos gloriosos na carreira, quando a gente consegue sucesso em um projeto a sensação de recompensa é sempre muito boa.
A vitória do time carioca na decisão foi acompanhada por aproximadamente mil pessoas que lotaram as arquibancadas do ginásio do clube Hebraica. A torcida empurrou o time da casa em todos os momentos e foi recompensada no final. O capitão do SESC-RJ, o experiente levantador Everaldo agradeceu o empenho do time na competição.
- Foi uma grande honra ter participado deste projeto. Nos dedicamos muito, queríamos jogar o nosso melhor. A equipe sabia dessa responsabilidade e conseguimos o objetivo. O SESC ainda tem muita coisa boa para mostrar pela frente.
Do outro lado, o técnico vice-campeão Hítalo Machado viu a participação do Jaó/Universo como um sucesso do projeto que tem menos de um ano. O treinador acredita que a temporada foi apenas o início de um projeto que tem a crescer, principalmente com o bom retorno conseguido na Superliga B.
- Este é apenas o início do nosso projeto em Goiânia. Sabemos que precisamos melhorar ainda a nossa estrutura, temos muito o que crescer. Mas temos a certeza que vamos continuar o trabalho. O voleibol tem uma grande visibilidade. Então temos certeza que vamos crescer. Temos agora que nos voltar para a Taça Ouro, mas temos que seguir firmes.
Nova tecnologia
No jogo decisivo deste sábado a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) testou um sistema de comunicação via rádio entre os árbitros e juízes de linha. O objetivo era facilitar a troca de informações entre os envolvidos na partida para agilizar o veredito a cada lance. Ivan Cardoso, primeiro árbitro da decisão aprovou.
- É uma boa iniciativa. Como aqui estávamos em fase de testes precisei fazer alguns ajustes durante os intervalos, pois o barulho da torcida atrapalha um pouco na hora de ouvir, mas acredito que seja um bom apoio para nós durante os jogos - disse Ivan. A intenção da entidade é pôr em prática o uso deste sistema nas finais feminina e masculina da Superliga 2016/2017.
Temporada equilibrada
A decisão entre SESC-RJ e Jaó/Universo, equipes com as duas melhores campanhas da competição, e ainda os semifinalistas Botafogo (RJ), quarto colocado na fase classificatória, e APAN/Barão/Blumenau (SC), que foi o sétimo, são provas de que a sexta edição da Superliga B masculina foi uma das mais equilibradas. Tanto dentro como fora de quadra estiveram representantes de alto nível do voleibol brasileiro.
O campeão SESC-RJ, por exemplo, tem o bicampeão olímpico Giovane Gávio como treinador. Giovane conquistou a Superliga B pela primeira vez, mas já contava no currículo o título da Superliga 10/11, com o SESI-SP. O oposto Paulo Vítor também já teve a oportunidade de subir no lugar mais alto do pódio da elite por três vezes. Eles são apenas dois exemplos em meio a tantos outros que contam com títulos importantes e passagens pela seleção brasileira, e que foram responsáveis por aumentar o nível técnico do campeonato.
O superintendente da Superliga, Renato D’Ávila enalteceu o trabalho feito pelos clubes que ajudam a consolidar a Superliga B no calendário nacional, e que a cada ano ganha mais importância.
- A Superliga B masculina teve um aumento na qualidade em razão do calibre os projetos que participaram nesta edição. A equipe do Jaó, por exemplo, que vem de uma região que não tem muita tradição no voleibol. E é muito legal que tenham alcançado a final. O Botafogo, que é um clube importante, e esteve entre os melhores nas duas temporadas que disputou, isso motiva outras equipes a virem para a disputa - comentou o dirigente.
O técnico Giovane Gávio também acredita que o nível da competição ganhou qualidade na temporada recém-encerrada.
- As equipes da Superliga B aos poucos estão mostrando que estão ficando prontas para disputar a Superliga A. O Jaó, Botafogo, Araucária, Upis, Blumenau, estão todos "doidos" para subir. Isso é muito bacana, é muito bom para o voleibol brasileiro.
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