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E-Sports e Poker perto de se tornarem esportes olímpicos

Em conversa com o Lance!, o presidente da Federação Internacional de Poker, Patrick Nally, mostrou otimismo com a chance de o esporte fazer parte dos Jogos de Los Angeles<br>

Presidente da Federação Internacional de Poker, Patrick Nally, Igor Federal e Andre Akkari
imagem cameraPresidente da Federação Internacional de Poker, Patrick Nally, Igor Federal e Andre Akkari (Paula Vieira/LANCE)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 17/03/2018
17:44
Atualizado em 17/03/2018
19:08

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Após a Federação Internacional de Poker receber o reconhecimento do jogo como esporte da mente em 2011, a atividade deu mais um passo para se tornar esporte olímpico quando a FAISF (Global Association of International Sports Federation), uma espécie de braço direito do COI (Comitê Olímpico Internacional) deu à IPF o status de observador olímpico. A tendência é que, com o crescente avanço, e-Sports também chegue aos Jogos.

A modalidade do jogo em questão chama-se Match Poker. Como explicado pela IFP, a diferença para o Poker normal é que o formato perde a aleatoriedade de cartas que são dadas aos jogadores. Desta forma todos da mesa recebem as mesmas cartas ao mesmo tempo, dando igualdade à competição.

Neste sábado, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou um seminário para debater rumos do esporte diante de mudanças na sociedade. O evento contou com a presença do presidente da Federação Internacional de Poker, Patrick Nally, que se mostrou otimista com a possibilidade de a modalidade estar presente nas Olimpíadas de Paris.

- Temos esperança para 2024, em Paris, e 2028, em Los Angeles, devido ao crescente reconhecimento do Poker e pela digitalização nos esportes. Então, quando mais esses fatores se tornam favoráveis, mais chances temos de disputar as Olimpíadas. Na minha visão pessoal, creio que vai acontecer em 2028 definitivamente e, por sorte, em 2024 - revelou ao Lance!

Empolgado com as mudanças favoráveis ao Poker, o presidente da CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold'em), Igor Federal Trafane, garante que se a disputa acontecesse hoje, "O Brasil ficaria entre os dez melhores do mundo" apesar de que o Xadrez, por exemplo, aparece antes do Poker na corrida por lugar nas Olimpíadas.

Também presente no evento, o jogador profissional Andre Akkari, atleta PokerStars, que trabalha com e-Sports acompanhando torneios de LoL como torcedor e investidor, acredita que a entrada do Poker nas Olímpiadas faria com que a sociedade passasse a enxergar o esporte de outra forma.

- Ficaríamos felizes. Há essa expectativa para que as pessoas possam ver o quanto de técnica e tática tem no jogo. Mas acho que não existe uma grande preocupação para que o esporte seja validado por uma entidade como a das Olimpíadas. Ficaríamos muito felizes por se tratar de uma grande competição, mas o cenário do Poker é tão macro fora do país que os torneios já são muito valiosos. A ida às Olimpíadas faz parte de uma guerra política que será favorável se ganharmos, mas os jogadores já se consideram validados mesmo sem a modalidade estar presente na competição - comentou durante conversa com o Lance!.

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E-Sports

E-Sports também entrou na dança. Com as disputas de StarCraft 2 nos Jogos de Inverno, IEM PyeongChang é a primeira competição de esporte eletrônico a ter apoio do COI, o que aproxima a modalidade às Olimpiadas. Entretanto, o presidente da organização, Tomás Bach, ainda diz não ter encontrado a solução para a entrada dos games levando em conta que jogos de violência ou que promovem discriminação não serão permitidos.

As competições que eram realizadas em casa, com os amigos, ficaram sérias e hoje movimentam milhões de reais, janelas de transferência, contam com equipes completas e ganham cada vez mais espaço na web e na TV com a venda de direito de transmissão.

- Em 2016, o Campeonato de League of Legends levou 20 mil pessoas ao Staples Center e teve audiência de 43 milhões de pessoas online. Em 2011, a premiação do Campeonato de DOTA era de USD 1,6 milhão; em 2016, USD 20,8 milhões, maior que da Copa Libertadores - disse Pedro Trengrouse, coordenador do Curso FGV/FIFA/CIES.

Em novembro de 2017, houve o primeiro Prêmio eSports Brasil, evento criado a partir de uma iniciativa do Grupo Globo com a Go4it. Em São Paulo, Felipe "Yoda" foi o grande vencedor, com três troféus: Personalidade do Ano, Melhor Streamer e Craque da Galera. A premiação homenageou e deu ainda mais visibilidade aos jogadores de games como Counter-Strike, League of Legends e PlayerUnknown's.

Fora das telas, o e-Sports começa a ganhar espaço nas quadras. Após ser a primeira a investir em experimentos com realidade virtual, fazendo um demo técnico para o Olulus Rift, a NBA criou o campeonato NBA 2K League, que conta com os melhores jogadores do NBA 2K18. Além de basquete, diversos times de futebol já contam com equipe de e-Sports, como Flamengo e Santos. No último dia 13, a La Liga anunciou entrada no formato de competição, o que comprova o avanço crescente da atividade.

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