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Técnico da Seleção Brasileira relembra ‘críticas implacáveis’ no caminho até o título mundial de futsal

Marquinhos Xavier está à frente da equipe desde 2017

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Caio Gonçalves
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porPedro Werneck
Dia 09/10/2024
16:17
Atualizado em 09/10/2024
16:28

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Campeão do mundo no último domingo (6) com a Seleção Brasileira de futsal, Marquinhos Xavier está à frente da equipe desde 2017. No período, viveu um ciclo desafiador até a sonhada conquista. Quando assumiu o Brasil, o país vinha de péssima campanha no Mundial de 2016, derrotado pelo Irã nas oitavas de final. O comandante teve a missão de liderar uma renovação após o fim da geração vitoriosa protagonizada por Falcão. Em entrevista ao Lance!, ele relembrou a trajetória árdua. Assista ao trecho acima.

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- Quem acompanha o futsal diariamente sabe que a gente perdeu a bússola de 2016 para 2017. A gente não tinha nenhum direcionamento, então eu assumo uma responsabilidade muito grande de renovar a Seleção e levá-la de novo a uma conquista mundial - iniciou Xavier.

- Mesmo com todos os problemas, que foram muitos, a gente conseguiu chegar à Lituânia (Copa de 2021) e conquistar a terceira colocação. Para um brasileiro é muito pouco, mas eu sempre dei valor para a medalha de bronze e falei em várias entrevistas: “Aquela medalha de bronze tinha o peso e o sabor de uma medalha de ouro”. Acho que valorizar o terceiro lugar permitiu que a gente ganhasse esse Mundial, porque a gente valorizou as pequenas coisas - disse.

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Seleção brasileira de futsal – copa do mundo 2021
Seleção Brasileira posa com o bronze no Mundial de Futsal de 2021 (Foto: Thais Magalhães / CBF)

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Marquinhos Xavier traçou um plano a longo prazo, que culminou no retorno ao topo do mundo em 2024. No entanto, foi muito questionado durante o processo.

- E claro, vieram as críticas, que não foram leves, foram implacáveis e direcionadas a mim, porque eu era o treinador. Nos questionaram muito: a forma de trabalhar, recentemente a convocação para este ciclo. Enfim, tudo bem, até aí acho bem normal, porque isso já é intrínseco à nossa função de treinador. Só que muitas coisas que haviam sido feitas de 2017 a 2021 estavam sendo aproveitadas - desabafou.

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Em 2021, a Seleção Brasileira viveu uma mudança muito importante, passando para debaixo do chapéu da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Segundo Marquinhos, o apoio da entidade permitiu um planejamento bem feito, que projetou cada aspecto dos três anos seguintes, incluindo os adversários que seriam enfrentados na preparação.

As críticas ao treinador brasileiro permaneceram até a disputa do último Mundial no Uzbequistão. O comandante contou que teve a convocação bastante questionada, assim como a decisão de bancar jogadores que passaram por lesões às vésperas do início da competição.

- Eu convoquei uma Seleção de atletas muito comprometidos, que eu tinha certeza que vestiriam a camisa, se uniriam na dificuldade e dariam o melhor. Nós não temos mais os jogadores que tínhamos antes, que decidem os jogos individualmente, mas somos uma Seleção coletiva. A gente perdeu o melhor do mundo (Pito) nas oitavas, quartas e semifinais. Três jogos decisivos sem o melhor jogador. Foram muitos problemas, mas a coletividade era tão forte que um trabalhava pelo outro - contou.

Seleção Brasileira de Futsal comemora título da Copa do Mundo de 2024
Seleção Brasileira de Futsal comemora título da Copa do Mundo de 2024 (Foto: Leto Ribas/CBF)

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O trabalho de Marquinhos Xavier e companhia resultou em números que "falam por si só", como disse o técnico. Ao longo do último ciclo, foram 43 vitórias em 45 jogos, sete delas na Copa do Mundo. O planejamento foi encerrado com chave de ouro com vitória contra a Argentina, carrasco no Mundial anterior, na grande final.

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