Técnico do Brasil diz que investimento no futsal ‘não está próximo’ de outros países
Treinador foi campeão do mundo com o Brasil em cima da Argentina
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Quando se fala do esporte de alto nível, o investimento deveria ser uma premissa básica. Porém, isso não acontece com frequência no mundo do futsal. De acordo com Marquinhos Xavier, técnico da Seleção Brasileira de futsal, o cenário do Brasil está longe do ideal. Em exclusiva ao Lance!, o treinador comparou a realidade do Brasil com a de outros países. Assista ao trecho acima.
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— Eu sempre faço uma ressalva de que as cinco estrelas que nós tínhamos pertenciam a CBFS (Confederação Brasileira de Futsal), só que chegou um momento que as coisas ficaram difíceis. E não estou culpando nenhuma pessoa física. Nós não tínhamos uma mínima condição de trabalho, com estrutura e planejamento adequados. Nós não conseguíamos jogar com as grandes seleções, só podíamos enfrentar seleções vizinhas. Quando a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) assumiu, não houve uma grande mudança de investimento, mas tivemos mais recursos. Eu nunca gostei de atrelar resultado a investimento. Porque se não ganhasse, iam falar: "Teve tudo e não ganhou nada". Dar condições de trabalho e estrutura, não é sinônimo de vitória, é respeito a quem está trabalhando — disse Marquinhos.
Ao se tratar do desenvolvimento do futsal, é importante entender a origem da modalidade. Ao contrário do campo, o futebol de salão se tornou potência em países "periféricos", o que causa certo estranhamento em quem não acompanha o esporte com frequência. O técnico da Seleção Brasileira, Marquinhos Xavier, comentou sobre a diferença de investimento feito por essas nações e o Brasil.
— A geografia do futsal é diferente do futebol. As pessoas comentam: "Como pode perder para o Irã?". A resposta é que é uma equipe muito forte e presente em momentos decisivos, assim como Marrocos e Ucrânia. Em nível de desenvolvimento, a gente vive sempre uma gangorra, existem momentos em que a gente está lá em cima, a economia ajuda e os países estão investindo. Eu acho que a gente tem um grande desafio pela frente, que é tentar igualar essas seleções, mesmo com menor investimento. Com toda certeza, Portugal, Espanha, França e Marrocos têm grandes investimentos no futsal, e eu garanto que o Brasil não está próximo, pode ter certeza disso. Nós trabalhamos com um potencial financeiro bem menor — completou.
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) levou o futsal para debaixo de seu guarda-chuva em 2021. De lá para cá, o Brasil conquistou os títulos da Copa América e da Copa do Mundo este ano. Também desde então, a equipe de Marquinhos Xavier perdeu apenas dois jogos.
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