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Velódromo requer teto provisório e torcida contra chuva após incêndio

Pista da instalação mais problemática da Rio-2016 precisa ser reparada de forma artesanal. Alemão responsável pelo design é acionado à distância para ajudar a reparar equipamento

Velódromo
imagem cameraPista do velódromo sofreu danos estéticos e precisa de reparos manuais (Reprodução/TV Globo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 01/08/2017
13:13
Atualizado em 01/08/2017
16:40

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A reabertura do Velódromo do Parque Olímpico da Rio-2016 dependerá dos cuidados com a pista de pinho siberiano, que embora não tenha sido destruída após o incêndio do último domingo, ficou encharcada após o trabalho dos Bombeiros para conter o fogo. Como parte do teto foi danificada, a prioridade é evitar que a chuva caia sobre o local e dificulte ainda mais os reparos.

A Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), autarquia do governo federal criada para coordenar o legado do megaevento, entrou em contato com o alemão Ralph Schürmann, responsável por desenhar a pista tanto dos Jogos do Rio como de Londres-2012, e vem recebendo orientações à distância sobre como recuperar o equipamento. O Ministério do Esporte disse que a queda de um balão causou o incidente.

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A prioridade é fazer a drenagem, secagem, ventilação do ambiente na parte de baixo do campo de competições e uma raspagem cuidadosa dos resíduos que derreteram do teto. A pista, que necessita de refrigeração a todo instante, não poderá ser pintada ou lixada. Para voltar ao padrão estético de antes do incêndio, ela terá de passar por um processo artesanal de nivelamento.

O governo já acionou algumas empresas e tenta fechar com urgência um acordo para a construção da cobertura provisória. A previsão do tempo para esta semana na capital fluminense não indica chuvas até sexta-feira, quando pancadas poderão cair durante o dia e à noite. Neste caso, lonas serão desenroladas para cobrir a madeira. A Comlurb segue na limpeza do local. 

O custo anual de manutenção do Velódromo é de R$ 11 milhões. Só o ar-condicionado para manter o palco das disputas nas condições ideais de uso custará R$ 3,5 milhões de energia elétrica em 2017. O gasto total da instalação aos cofres públicos foi de R$ 153 milhões. O sistema hidráulico e elétrico não foram atingidos.

A pista do Velódromo tem 250 metros. As placas e tesouras de madeira que dão suporte ao piso vieram da Alemanha. Foram usados cerca de 55 quilômetros de madeira. O tipo de pinho é menos suscetível à umidade e ao calor, o que torna o equipamento mais durável.

O incêndio começou no início da madrugada de domingo. Os bombeiros foram chamados por volta de 0h20. Boa parte do fogo já havia sido controlada às 2h30. O trabalho de rescaldo continuou até 7h. 

O Velódromo é considerado a instalação mais problemática da Rio-2016. Sua obra sofreu atrasos, custou mais do que o previsto e só foi totalmente concluída dias antes dos Jogos. Seu prazo de conclusão era dezembro de 2015, mas só foi entregue em junho de 2016, sem sequer um evento-teste.

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