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Wimbledon elimina juízes de linha pela primeira vez na história para 2025

Competição vai quebrar uma tradição de 147 anos eliminando todos os 300 árbitros de linha

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imagem cameraO torneio de Wimbledon é um dos mais tradicionais do tênis (Foto: Ben Stansall/AFP)
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Fabrizio Gallas
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/10/2024
13:50

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O torneio de Wimbledon, o mais tradicional do tênis, vai eliminar os juízes de linha para o torneio da temporada 2025. A informação é do jornal britânico The Times desta quarta-feira (9). A competição vai quebrar uma tradição de 147 anos eliminando todos os 300 árbitros de linha colocando o sistema eletrônico que já vigora nos torneios americanos, incluindo o US Open. Ao todo são 18 quadras no torneio jogado na grama do All England Club.

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O sistema eletrônico é um aperfeiçoamento do Hawk-Eye que chegou no tênis em 2007. O sistema eletrônico conta as bolas fora com um décimo de segundo após o quique. Até 2024, 300 juízes de 18 até 80 anos participavam do evento para cobrirem mais de 650 partidas nas mais de duas semanas do torneio sempre fazendo trocas em torno de hora em hora.

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— A verdadeira questão do caminho serão os pagamentos nos níveis mais baixos. Uma taxa semanal recomendada de US$ 550 [R$ 3.025] para um crachá branco [oficial] fazendo sete dias em um evento Futures sem o incentivo adicional de poder trabalhar em eventos maiores nas linhas, seja na ATP ou em Grand Slams, provavelmente impedirá que alguém permaneça envolvido por tempo suficiente para progredir. Somente o aumento dessas taxas provavelmente evitará isso. — disse uma fonte ao The Times um árbitro importante, que atuou em finais de Grand Slam.

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Wimbledon - Thiago Wild
Wimbledon, na Inglaterra (Foto: Glyn Kirk/AFP)

Fontes disseram ao The Times que a Associação de Árbitros de Tênis Britânico, uma organização associativa de árbitros e juízes de linha, realizou uma pesquisa este ano sobre a introdução do sistema. Constatou-se que perto de 50 por cento dos árbitros não estariam interessados ​​em trabalhar em torneios de níveis inferiores se Wimbledon já não fosse uma opção. Sugestões de posições alternativas no tênis já foram discutidas. Poderia ser oferecida aos juízes de linha a oportunidade de se reciclarem como funcionários fora da quadra, como árbitros e supervisores.

Em última análise, porém, esta forma de trabalho bastante nicho e antiquada abriu caminho no nível mais alto do esporte para as máquinas. Estima-se que Wimbledon economizará dinheiro com o uso do sistema, embora possa haver um impacto financeiro no patrocínio de roupas da Ralph Lauren — a marca americana de moda de luxo continuará a fornecer kits para os árbitros e ballkids.

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Os serviços de alguns juízes de linha provavelmente serão retidos como contingência no caso de falha do sistema. Pode haver momentos, porém, em que a paralisação do jogo não possa ser evitada, como aconteceu no Aberto dos Estados Unidos no mês passado, quando o prédio que abrigava os operadores de vídeo foi evacuado por seis minutos devido a um alarme de incêndio.

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