Papo com Helio Castroneves: ‘Faltou pouco para vencer em Road Atlanta’
Helio Castroneves acreditava que pódio era quase certo em Road Atlanta, corrida que encerrou a temporada no ano de 2021 pela IndyCar
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Oi pessoal, tudo bem?
Pelo menos em termos de corridas, o ano acabou. No último sábado, ao lado do Juan Pablo Montoya e do Dane Cameron, disputei a Petit Le Mans, prova que fechou a temporada 2021 do IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Foi minha primeira prova de protótipo pela Meyer Shank Racing com o meu velho conhecido carro, o Acura ARX-05.
Na verdade, para ser mais exato, o Acura da MSR é o antigo #6, da Penske, com o qual o Juan Pablo e o Dane foram campeões em 2019. Já o #7, que Ricky Taylor e eu usamos para faturar o título de 2020, está com a Wayne Taylor Racing. Como você se lembram, corri pela equipe da família Taylor na 2021 Rolex 24 at Daytona, em janeiro, e obtivemos aquela vitória maravilhosa: eu, Ricky, o português Filipe Albuquerque e o Alexander Rossi.
E por falar no Alex, quero dizer uma coisa. Alex e eu somos amigos, já corremos juntos várias vezes e o fato de eu ficar bravo com ele numa corrida da Indy já passou naquele dia mesmo. Para vocês terem uma ideia, alguns dias depois fomos jantar e, como sempre, demos boas risadas.
Mas voltando à disputa em Road Atlanta, estivemos muito próximos da vitória. Sendo muito honesto com vocês, um pódio era praticamente certo. Além de o #60 tem passado todo o tempo no bloco da frente, lideramos exatas 112 voltas, das 410 da prova. Na prática, significa que o carro da MSR liderou quase 30% da maratona com 10 horas de duração.
Na divisão da pilotagem entre nós três, fui para a pista algumas vezes durante o dia e também na parte da noite, pois fui escalado para fechar o último ciclo de pilotagem. Juntando tudo, deu umas quatro horas no carro. Quando a gente entrou na última hora, lá pelas 9 da noite, eu estava em 3º e trabalhando pela vitória. Aí, faltando uns 40 minutos para a corrida acabar, de repente senti um estrondo forte e o carro ficou muito difícil de guiar. Eu até tentei sentir o comportamento para ver se dava para seguir, mas simplesmente a gente não conseguia fazer curva.
Resumindo: no escuro, peguei algum destroço de carro pelo caminho, que entrou por baixo do carro e danificou o assoalho, além de uns elementos aerodinâmicos. O negócio foi seguir para a garagem e consertar. Perdemos 11 voltas na operação, mas digo isso com certo alívio, já foi um ganho fenomenal. Os caras da equipe conseguiram colocar em tempo recorde o carro novamente em condição de pista.
Se não fossem profissionais de tão alto nível e dedicados, o carro nem voltaria. Teríamos abandonado. No final, recebemos a bandeira em 10º na geral e em 6º na nossa categoria, que é a principal. Foi realmente uma pena, mas corrida tem dessas coisas.
Não poderia deixar de mandar um grande abraço e dar os parabéns para o Felipe Nasr e o Pipo Derani, que fecharam o ano como os campeões da temporada. Fizeram um trabalho fantástico ao longo das etapas e com merecimento levaram o caneco para casa. Meus cumprimentos aos Felipes!
O que vem pela frente até o final do ano é agenda cheia. Além de diversos compromissos promocionais, estaremos trabalhando na sede da MSR e na pista também. Ainda vamos definir os detalhes e vou contando para vocês mais para a frente.
É isso por hoje, amigos. Forte abração a todos e até semana que vem.
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