Vadão prega cautela no processo de renovação da Seleção Brasileira
Técnico do futebol feminino do Brasil comentou o pedido de Marta por renovação no esporte, após a derrota por 2 a 1 para a França, que resultou na eliminação do Mundial
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Após a derrota do Brasil para a França, por 2 a 1, neste domingo, nas oitavas de final da Copa do Mundo feminina, Marta deu um relato emocionado em que pedia apoio à modalidade e renovação dos quadros da Seleção. Questionado sobre o pedido de Marte e de outras jogadoras do elenco, o técnico Vadão pregou cautela e disse que novos nomes devem ser lançados aos poucos.
– Começamos um processo de renovação em 2014. A Seleção Sub-20 jogou o primeiro Mundial e já puxei algumas jogadoras. Da nova safra de agora, trouxemos a Geyse e a Kathellen. Mas em um Mundial, quando você tem atletas de ponta, prontos para jogar tem que usá-las. Ano que vem tem Olimpíada. Não se renova tudo assim de uma vez. Temos que ir com a melhor equipe e ir renovando aos poucos. Nos amistosos colocamos várias atletas que não estavam jogando e elas tiveram dificuldades nos momentos de pressão. Temos que ter cautela e calma. A grande renovação que a Marta pede deve acontecer nas Olimpíadas, mas pensando em resultado vai ser feita aos poucos – disse Vadão
Vadão criticou a cultura brasileira de pouca compreensão com os treinadores diante de resultados negativos, quando questionado pela imprensa sobre as derrotas nos amistosos preparatórios para o torneio na França. Foram nove derrotas consecutivas, antes da estreia no Mundial.
– Chegamos desacreditados porque é algo muito cultural do Brasil e os resultados não ajudaram, mesmo com a gente explicando que tínhamos que mexer no time toda hora por conta de lesões e o pouco tempo para treinar. Nos encontrávamos nas datas Fifa, treinávamos um dia e colocávamos o time para jogar. Culturalmente não temos essa compreensão no futebol. Falamos que iríamos melhorar no decorrer da competição e foi o que aconteceu. Jogamos bem os quatro jogos, com algumas oscilações que fazem parte.
Sobre a partida, o treinador elogiou a atuação coletiva da equipe e a dedicação das jogadoras em campo e lamentou o resultado negativo.
– Lamentamos muito. Sabíamos que seria um confronto muito difícil mas fizemos um grande jogo. A gente falou desde o início que iria ser difícil para nós e para elas também. Infelizmente, perdemos na prorrogação em um momento em que estávamos bem no jogo. Tivemos várias substituições por problemas físicos. Se fosse para os pênaltis, teríamos uma grande chance ou em algum contra-ataque, mas não conseguimos. Fica o gosto amargo da derrota.
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