Gols, títulos e recordes: a história de Maradona em números
Ídolo argentino faleceu na última quarta-feira após parada cardiorrespiratória
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Apenas 1,65m de altura, mas um talento imensurável. Por mais de duas décadas, Diego Maradona encantou pelos gramados do mundo. E pela eternidade viverá na memória e no coração daqueles que o idolatram. El Pibe de Oro faleceu nesta quarta-feira, aos 60 anos de idade, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Seu corpo será velado na Casa Rosada, sede da presidência da Argentina, a partir dessa quinta-feira.
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As imagens dos gols e lances de Maradona, disponíveis em qualquer plataforma de vídeo, mostram muito do talento do camisa 10. Os números, por sua vez, confirmam o tamanho do craque.
No dia 20 de outubro de 1976, aos 15 anos de idade, Dieguito já fazia a sua estreia como profissional vestindo a camisa do Argentinos Juniors. A derrota por 1 a 0 para o Talleres diante de apenas 7.700 torcedores, porém, não fez jus ao que se tornaria o jogador. Em cinco anos pelo clube que o revelou, o meia marcou 116 gols em 166 partidas. Recorde que perdura até hoje.
Em 1979, já consolidado como um grande craque do futebol argentino - foi convocada pela primeira vez em fevereiro de 1977 -, Maradona levou a seleção do seu país ao título mundial sub-20. Foram seis gols em seis jogos, incluindo um na decisão contra a União Soviética. No mesmo ano, disputaria a sua primeira Copa América com o time principal.
Na temporada seguinte, o camisa 10 explodiu. Marcou 43 gols em 45 jogos pelo Argentinos Juniors. Seria seu último ano na equipe. Gigante aos 20 anos, Don Diego rumou para o Boca Juniors em 81, iniciando a sua relação de amor com o clube e a torcida.
A ascensão de Maradona, no entanto, o tornaria imparável. Após 40 jogos, 28 gols e um título metropolitano, o ídolo trocaria Buenos Aires por Barcelona, negociado por 7,6 milhões de dólares, um valor recorde para a época. O camisa 10 começava a ganhar o mundo e o mundo começava a ganhar um novo gênio da 10.
Comandando um time sem estrelas, venceu a Copa do Rei, a Copa da Liga e a Supercopa. Em 83, sofreu uma grave lesão no tornozelo, que reduziu o seu volume de jogos. No ano seguinte, após 59 atuações e 38 gols pelo Barça, se transferiu para o Napoli, onde iniciou uma nova casa 'Maradonista'.
Foi no período em que esteve na Itália que Maradona viveu seu ápice, tanto por times quanto pela seleção. Foram sete temporadas em Nápoles, o maior período de Diego em uma única equipe. Com 115 gols em 259 partidas, se tornou o maior artilheiro da história do clube, marca superada apenas recentemente por Mertens (128) e Hamsik (121).
Jogando ao lado de Careca, conquistou dois Campeonatos Italianos, uma Copa da Itália, uma Supercopa e uma Europa League. Mais do que ídolo, virou "D10s". Na Itália e, principalmente, na Argentina, após levar o seu pais à glória mais alta do futebol, carregando com sua perna esquerda - e "La Mano de Dios" - a equipe campeã do mundo em 1986. Com 8 gols em 21 jogos nas 4 edições de Copa que disputou, Diego é até hoje o segundo maior goleador da Argentina na história da competição, ficando atrás apenas do centroavante Gabriel Batistuta, que marcou dez vezes.
Após a primeira punição em razão de doping - pego num jogo contra o Bari, em março de 91 -, Maradona foi atuar pelo Sevilla, encerrando o seu vitorioso ciclo no Napoli. Na Espanha, na temporada 92/93, distante do Diego genial, marcou 8 gols em 29 jogos. Era a retomada do craque em busca da disputa de mais uma Copa do Mundo por seu país. E deu certo.
O camisa 10 foi para o Newell's Old Boys no 2º semestre de 93, retornando à Argentina após mais de uma década na Europa. El Pibe disputou apenas cinco jogos-oficiais, além de alguns amistosos - inclusive um contra o Vasco, na estreia de Dener -, e não balançou as redes. Ainda assim, lhe garantiu uma vaga na seleção no Mundial de 94, vencido pelo Brasil. Mundial esse que lhe rendeu a segunda punição por doping, praticamente decretando o fim de sua carreira.
Maradona, no entanto, ainda teria a oportunidade de se despedir do clube que sempre amou: o Boca Juniors. Atuando ao lado de Caniggia, seu companheiro de seleção, disputou mais 31 jogos entre 95 e 97 - chegou a anunciar sua aposentadoria em 96 e retornar -, marcando sete gols. Sua despedida oficial dos gramados aconteceu em 25 de outubro de 1997, numa vitória do Boca sobre o maior rival, o River Plate, por 2 a 1.
NÚMEROS DA CARREIRA DE MARADONA
- Dados do site OGol | Apenas jogos-oficiais
- Argentinos Juniors - 1976/1981 - 116 gols em 166 jogos
- Boca Juniors - 1981 - 1995/1997 - 35 gols em 71 jogos
- Barcelona - 1982/1984 - 38 gols em 59 jogos
- Napoli - 1984/1991 - 115 gols em 259 jogos
- Sevilla - 1992/1993 - 8 gols em 29 jogos
- Newell's Old Boys - 1994 - 5 jogos e 0 gols
- Seleção Argentina - 1977/1994 - 34 gols em 91 jogos
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